sábado, 27 de agosto de 2016

Baile da Convivência


Olá, meus queridos amigos.
Mais um evento maravilhoso do Centro de Convivência! Mais um presente para vocês.
O grande Baile da Convivência deste mês, foi realizado na sexta-feira (26/08), na Fábrica de Ideias no bairro de Jucutuquara em Vitória, reunindo os frequentadores dos Centros de Convivência para a Terceira Idade - CCTI da capital do Espírito Santo.

Os Bailes da convivência são realizados mensalmente pela Secretaria Municipal da Assistência Social (Semas) e são um espaço de integração social que visam ao fortalecimento dos laços de amizade e respeito entre os  frequentadores dos quatro Centros de Convivência para a Terceira Idade.

Há muitos anos ouço falar do Baile dos “Coroas”, Baile da “Terceira Idade” e Baile dos “Idosos” e atualmente, Baile da “Convivência”. Batia uma certa curiosidade e dava para imaginar como eram esses bailes, afinal, desde a minha juventude, sempre gostei muito de bailes; reuniões em casa e nos salões dos clubes que eu frequentava. Será que seria da mesma forma?
A organização já pode ser percebida logo na recepção, com os professores Nei e Luiz Guilherme, que encaminham quem chega para os mesários registrarem a presença dos participantes dividindo-os por municípios, exemplo de cidadania e respeito aos idosos. Essa é a marca registrada de responsabilidade e comprometimento que já conhecemos desses contribuintes, somando com a sincera alegria de promover mais um evento dessa categoria. É realmente um grupo fantástico de coordenadores, professores e organizadores.
Agora, já faço parte desse grupo da Terceira Idade. Às vezes custo a acreditar! Já passei da fase da curiosidade e hoje é a minha realidade e como prova disso, lá estava eu, como convidada a participar do Baile da Convivência, e com direito a uma cartela para marcar o bingo: outra grande novidade do evento.
Dessa vez, fui muito bem acompanhada, com dois jovens cidadãos que amam, respeitam e abraçam com carinho e alegria as pessoas idosas e que foram meus “assessores” durante todo o tempo, registrando essa linda festa.
A música foi embalada pelo ritmo da banda “Som do Rio Grande”, relembrando grandes sucessos do forró. A festa começou com toda a vitalidade e animação dos frequentadores.

Vejam como foi o Baile da Convivência:
 Pessoas chegando a todo instante, sendo recebidas com o carinhoso abraço dos professores.
 
Os mesários registrando a presença dos convidados dos municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra; com direito a uma cartela para marcar o bingo.


 
A Banda Som do Rio Grande, encantando com um repertório rico e contagiante, fluindo em cada par, as mais doces lembranças de suas vidas, enquanto desfilavam no imenso salão com os passos e a energia da juventude ali presente.
O som já estava rolando, o grande salão enchendo de pessoas e alegria; mas tudo isso não é só uma diversão; todos, que pude observar, levavam muito a sério. Os casais bailando por todo o salão, como se fosse um concurso de dança. Um concurso sem competição, um desfile de alegria, o orgulho de poder viver o hoje, e não pensar no amanhã.
 
 Também no forró, precisamos repor as energias com um bom lanche e uma boa hidratação, e para isso, contamos com o Serviço de Inclusão Produtiva; um grupo de pessoas aptas a contribuir com uma alimentação saudável, com preços acessíveis.

 
Como a vaidade é companheira das mulheres, em especial, não faltou acessórios para todos os gostos e necessidades.
 O forró não podia parar, mas finalmente, uma pausa para marcar o Bingo, com brindes especiais.

 

E o forró continuou...

 
Está virando rotina, em cada evento, falar que fiquei encantada e muito feliz pela oportunidade de viver aquele momento. Mas é assim, desse jeito. Isso chama-se providência de Deus, na vida de cada um de nós, idosos, que temos o privilégio de viver com mais qualidade de vida, e poder aproveitar dançando ou mesmo apreciando, distraindo, voltando ao tempo em que tudo era possível, e que o futuro talvez não chegasse.
Chega sim, chegou a minha vez de olhar para trás com mais gratidão e reconhecer que não devemos temer o futuro, assim como eu temia e hoje, estou usufruindo do tempo que Deus permitiu que eu chegasse e pudesse olhar um pouco mais para dentro de mim e reviver o meu passado com mais alegria.

Por tudo isso, o meu respeito e a minha gratidão a todos que se doam em prol da felicidade alheia. Aos coordenadores, organizadores e professores desse e de tantos outros projetos, que têm apenas um interesse: agraciar um pouco mais a vida dos idosos.
Quero fazer um agradecimento especial à minha filha Juliana e ao seu namorado Yuri, que me acompanharam nesse evento, com muito carinho e entusiasmo, dando uma grande ajuda e importância a esse evento, registrando esse momento de lazer e descontração dos idosos dos Centros de Convivência dos municípios da grande Vitória.

São esses jovens professores, coordenadores e voluntários que enriquecem e fortalecem a autoestima das pessoas jovens veteranas.
Não esquecendo de agradecer também a Banda Som do Rio Grande que abrilhantou esse baile com seu versátil e incansável forró.
O ritmo é só um: Forró, mas, em cada música e em cada passo é uma lembrança diferente. É um passado que retorna em nossa mente; uma recordação que abraçamos naquele momento de êxtase, nos libertando, como se o tempo não tivesse passado.

Pensar no amanhã?
A ansiedade e expectativa do próximo “Baile da Convivência”!
Não percam. Vocês vão gostar e se divertir muito.
Superou as minhas expectativas; fui, gostei e me diverti muito.
"Forró pé de serra"
Abraços da amiga Janete
 









 
 































































































































































































































































































quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Marly de Oliveira

Olá, meus queridos amigos.
Com muita alegria, faço uma homenagem a essa querida escritora brasileira, Capixaba e coincidentemente,  minha conterrânea de coração, pois viveu parte de sua vida em minha cidade natal, Campos dos Goytacazes.
O nosso "Cantinho da Literatura" é desse jeito - sempre descobrindo escritores, poetas, ensaístas, enfim, essas pessoas fantásticas que nos fazem refletir, sonhar, viajar, divagar... - e é essa a ideia; oferecer o melhor da nossa literatura brasileira e como falei anteriormente, prestigiando também alguns dos fantásticos escritores portugueses.

Uma pequena biografia para conhecer um pouco de
Marly de Oliveira:

Marly de Oliveira foi uma poetisa brasileira. Era a ex-mulher do poeta e membro da Academia Brasileira de Letras, João Cabral de Melo Neto. Foi também professora de língua e literatura italiana, assim como de literatura hispano-americana. 


Marly de Oliveira, poeta, professora e ensaísta, era capixaba de Cachoeiro do Itapemirim, embora tenha vivido a infância e adolescência na cidade fluminense de Campos, onde muito cedo se iniciou na literatura, publicando poemas em jornais e revistas. Mudou-se depois para o Rio de Janeiro, onde diplomou-se em Letras Neo-Latinas pela Pontifica Universidade Católica. Recebeu bolsa de estudos para cursar  História da Língua Italiana e Filologia Românica na Universidade de Roma. Ali conheceu o grande poeta Giuseppe Ungaretti, que havia lecionado por algum tempo na Universidade de São Paulo e que, ao ler uma breve coletânea de poemas escritos em italiano pela jovem estudante brasileira, decidiu entusiasmado apresentá-la pessoalmente em um programa literário da rádio-televisão local, referindo-se textualmente ao milagre de criação daqueles versos escritos por uma estrangeira em um italiano luminoso.
Venceu, em 1998, o Prêmio Jabuti com "O Mar de Permeio".
 

 
 

CONTATO - (1975)
É, segundo sua autora, "La reencontre manquée" de que fala Lacan. "É o meu fracasso diante da opacidade do outro ou da minha vontade de transparência".
Ou seja: a constatação final da absoluta impossibilidade de se estabelecer uma real comunicação com o outro.

ALGUNS POEMAS DE "CONTATO":


O meu amor que pensa
o incompreensível, nítido
universo, não busca no imediato
fruir, na mera urgência
de não ser, o sentido
das coisas, este fino, breve, claro
ir do não-ato ao ato,
ou da não-vida à vida,
o tranquilo mover-se
entre sonhos que versa
-que poderosa mente? e não sabida
fonte de tudo em mim
que a mão estendo, e nem sei a que vim.

O palpável vazio
de tudo é um abstrair-se;
o concreto real: símbolo e soma
e forma de aludir.
Se comtemplo e não vejo,
se a cada passo a vida não assoma,
é em mim que se retrai,
eu que, no entanto, aspiro
à integração no frio
e vivo suceder,
ao não-eu de meu eu como a perfeita
maneira de contato,
ou atualização do amor em ato.

Ditoso tempo, a firme
primavera reinventa-se,
e o não-amor suposto é o mais-que-amor
subterrâneo, que elide
o fluir certo, e a lenta
floração propicia, num rigor
minucioso de cores,
de silêncio e luz vária.
A atualidade muda
do que vive me afunda
em secreta alegria ante essa calma
surpresa de existir,
num dilatar-se, amor, que é restituir.

É muito bom poder conhecer pessoas, mesmo que elas não estejam mais conosco, nesse mundo de mistérios, ilusões, mas com a realidade de histórias que escreveram nos livros de suas vidas; são legados que ficam, marcas que não se apagam e que podem ser compartilhadas com todos que apreciam a boa leitura, e foi dessa forma que essa querida poetisa encontrou um grande sentido para a sua vida e de todos que até hoje têm o privilégio de pesquisar e conhecer melhor as suas lindas história por meio de seus lindos poemas.
Pesquisem e conheçam melhor quem foi Marly de Oliveira.
Abraços da amiga Janete.

 
Para facilitar sua pesquisa, vejam quais foram as obras de Marly de Oliveira
Obras
·         Cerco da Primavera (1957)
·         Explicação de Narciso (1960)
·         A Suave Pantera (1962)
·         A Vida Natural (1967)
·         O Sangue na Veia (1967)
·         Contato (1975)
·         Invocação de Orpheu (1978)
·         Aliança (1979)
·         A Força da Paixão e A Incerteza das Coisas(1982)
·         Retrato / Vertigem / Viagem a Portugal(1986)
·         O Banquete (1988)
·         Obra Poética Reunida (1989)
·         O Deserto Jardim (1990)
·         O Mar de Permeio (1998)
·         Antologia Poética (1998)
 
 
 
 






segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Suportar - Apolônio Carvalho


Olá, meus queridos amigos.
Recebi essa mensagem de uma grande amiga, e não poderia deixar passar sem compartilhar com vocês.
É sempre bom refletir sobre o sentido da vida, buscar uma motivação para começar bem a semana e alimentar a nossa fé.
 
"A fé nos faz suportar qualquer tipo de sofrimento com a certeza de que tudo contribui para o bem de quem ama Deus. Escalar montanhas, atravessar desertos, navegar em águas revoltas ou mesmo passar pelo vale da morte, o amor nos faz suportar tudo. Superar os temores e as dúvidas, enfrentar os tormentos das traições, das perseguições e injustiças sem perder o brilho nos olhos, porque vemos tudo através do prisma do amor de Deus que dá cor e sentido a todas as coisas. Suportar tudo por amor, na certeza de que o fruto da cruz é a ressurreição."
Apolônio Carvalho
Vamos refletir?
Abraços da amiga Janete

















quinta-feira, 18 de agosto de 2016

O Poema do Semelhante - Elisa Lucinda


Olá, meus queridos amigos.
O nosso "Cantinho da Literatura", mais uma vez, volta com a nossa querida escritora Capixaba, Elisa Lucinda, com mais um de seus poemas.
Para quem não teve a oportunidade de ler as homenagens anteriores, saiba um pouco sobre essa notável escritora e jornalista:

"Popularizando a poesia com seu jeito coloquial de escrevê-la e dizê-la, sua presença cênica tanto no palco como na tela é impressionante.
Elisa Lucinda é considerada um dos maiores fenômenos da poesia brasileira. “A menina transparente”, poema que marca sua estreia na literatura infantil, recebeu Prêmio Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ".
O Poema do Semelhante
O Deus da parecença
que nos costura em igualdade
que nos papel-carboniza
em sentimento
que nos pluraliza
que nos banaliza
por baixo e por dentro,
foi este Deus que deu
destino aos meus versos,

Foi Ele quem arrancou deles
a roupa de indivíduo
e deu-lhes outra de indivíduo
ainda maior, embora mais justa.

Me assusta e acalma
ser portadora de várias almas
de um só som comum eco
ser reverberante
espelho, semelhante
ser a boca
ser a dona da palavra sem dono
de tanto dono que tem.

Esse Deus sabe que alguém é apenas
o singular da palavra multidão
Eh mundão
todo mundo beija
todo mundo almeja
todo mundo deseja
todo mundo chora
alguns por dentro
alguns por fora
alguém sempre chega
alguém sempre demora.

O Deus que cuida do
não-desperdício dos poetas
deu-me essa festa
de similitude
bateu-me no peito do meu amigo
encostou-me a ele
em atitude de verso beijo e umbigos,
extirpou de mim o exclusivo:
a solidão da bravura
a solidão do medo
a solidão da usura
a solidão da coragem
a solidão da bobagem
a solidão da virtude
a solidão da viagem
a solidão do erro
a solidão do sexo
a solidão do zelo
a solidão do nexo.

O Deus soprador de carmas
deu de eu ser parecida
Aparecida
santa
puta
criança
deu de me fazer
diferente
pra que eu provasse
da alegria
de ser igual a toda gente

Esse Deus deu coletivo
ao meu particular
sem eu nem reclamar
Foi Ele, o Deus da par-essência
O Deus da essência par.

Não fosse a inteligência
da semelhança
seria só o meu amor
seria só a minha dor
bobinha e sem bonança
seria sozinha minha esperança

(madrugada onde fui acordada pelo poema no Rio de Janeiro, 10 de julho de 1994)
Elisa Lucinda
 
Você é amante de boa leitura?
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Abraços da amiga Janete

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Semana da Família

Olá, meus queridos amigos.
Para começarmos bem essa semana, uma linda mensagem do Papa Francisco.
"Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável nem família saudável sem o  exercício do perdão. O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas.

Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e alforria do coração. Quem não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus.
A mágoa é um veneno que intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto destrutivo. É autofagia. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente.
 
É por isso que a família precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de adoecimento; palco de perdão e não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura, onde a mágoa causou doença."
Papa Francisco

 Vamos refletir?
Uma abençoada semana a todas as famílias.
Abraços da amiga Janete

domingo, 14 de agosto de 2016

Dia dos Pais


Olá, meus queridos amigos.

Chegou o dia dos pais. Diante de tantas comemorações ao longo do ano, não podemos esquecer da figura do pai, que se faz presente nas atribuições mais importantes de sua vida: Educar, amar e ensinar a amar, além das responsabilidades que a vida sugere para o dia a dia.
Por esses e tantos motivos, ofereço, com muita alegria e gratidão, essa singela homenagem a todos os pais.
 
Parabéns pelo seu dia. Esse dia tão especial quanto a pessoa homenageada. Ser pai é abrir uma porta para esperança de alguém que acredita estar segura e protegida para o resto de suas vidas; e isso acontece antes mesmo que ela se dê conta desse amor intenso e puro e essa prova de confiança, motiva a responsabilidade e o querer proteger.
Que você, pai, seja amigo e companheiro do seu filho e saiba abençoá-lo com as bênçãos recebidas do seu Pai que se faz presente todos os momentos em sua vida.
Você, pai, é o espelho onde seu filho se mira todos os dias na certeza de que saberá dar continuidade a todos os seus projetos e propostas para uma vida melhor e mais humana.
 

ACREDITO QUE TODOS OS DESEJOS, IDEAIS E
 ESPERANÇAS SEJAM PARTILHADOS, MESMO NO
SILÊNCIO DE UM OLHAR VERDADEIRO DE UM GRANDE
AMIGO QUE SE OCULTA NESSE GRANDIOSO OLHAR.
APENAS QUER DEMONSTRAR ATRAVÉS DELE,
TODA SUA BONDADE E SOLIDARIEDADE QUANDO
PENSA NÃO PODER AJUDAR DE OUTRA FORMA,
MAS SE PRESTARMOS MUITA ATENÇÃO NESSE 
OLHAR EXPERIENTE PERCEBEMOS, ATRAVÉS DESSA
OCULTA SABEDORIA, QUE ALI ENCONTRAMOS TODA 
  AJUDA QUE NECESSITAMOS.
                            Janete - julho/2004


 

Com muito carinho e respeito aos pais que se fazem respeitar respeitando os filhos, ensinando que o direito de cada um começa onde o do seu próximo termina, peço ao nosso Pai Eterno proteção, saúde, discernimento, força e muita fé para todos os queridos papais.

 Janete
Dedico essa homenagem a todos os pais, especialmente ao meu querido e saudoso pai Nagib Felix, que nos dedicou todo carinho, respeito e amor. Com a minha gratidão, desejo a todas as famílias, um Feliz Dia dos Pais.
Abraços da amiga Janete