quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Monteiro Lobato

Olá, meus queridos leitores. Que tal curtir um pouquinho, um pouquinho só desse magnífico escritor?
É bom demais ler e reler Monteiro Lobato; suas fábulas, poemas, pensamentos, todas as histórias e estórias...
É uma viagem sempre; volta ao passado, às memórias de criança, adolescente, enfim, é renascer com as mais lindas lembranças de nossas vidas.
Hoje, especialmente, apenas um "aperitivo" desse "herói dos livros" para vocês, para nós... e com certeza, com gostinho de quero mais.
Abraços da amiga Janete
 "- A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem pára de piscar chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos - viver é isso. É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais [...] A vida das gentes neste mundo, senhor Sabugo, é isso. Um rosário de piscados. Cada pisco é um dia. Pisca e mama, pisca e brinca, pisca e estuda, pisca e ama, pisca e cria filhos, pisca e geme os reumatismos, e por fim pisca pela última vez e morre. - E depois que morre?, perguntou o Visconde. - Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?"

"Loucura? Sonho? Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira, mas tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum."

"A Rã e o Boi
Tomavam sol à beira de um brejo uma rã e uma saracura. Nisto chegou um boi, que vinha para o bebedouro:
-Quer ver - disse a rã - como fico do tamanho deste animal?
-Impossível rãzinha. Cada qual como Deus o fez.
-Pois olhe lá!-retorquiu a rã estufando-se toda-Não estou "quase" igual a ele?
-Capaz! Falta muito amiga.
A rã estufou-se mais um bocado.
-E agora?
-Que esperança...
A rã, concentrando todas as forças, engoliu mais ar e foi-se estufando, estufando, até que, PLAF!, rebentou como um balãozinho de plástico.
O boi, que tinha acabado de beber, lançou um olhar de filósofo sobre a rã moribunda e disse:
(Moral)-Quem nasce para 10 réis não chega a vintém."

"A natureza só permite aos gênios uma filha: sua obra.
Um governo deve sair do povo como a fumaça de uma fogueira.
Um país se faz com homens e livros.
Erro pensar que é a ciência que mata uma religião. Só pode com ela outra religião.
A consciência do homem comum mora no bolso, eis tudo.
Um só campo existe aberto, hoje, para as obras esculturais de algum vulto: o cemitério.
Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar.
Porque tenho sido tudo, e creio que minha verdadeira vocação é procurar o que valha a pena ser.
Acho a criatura humana muito mais interessante no período infantil do que depois de idiotamente tornar-se adulta.
Nunca no mundo uma bala matou uma ideia.
Fui mexer na minha tremenda papelada epistolar e tonteei. É coisa demais. É um mundo.
Para a treva só há um remédio, a luz.
Os nomes que vimos pela primeira vez como tradutores perdem o prestígio, quando os vemos como autores. Há em nós a vaga impressão de que quem traduz não pode criar.
Meu cavalo está cansado e o cavaleiro tem muita curiosidade em verificar, pessoalmente, se a morte é vírgula ou ponto final."

"A natureza criou o tapete sem fim que recobre a terra. Dentro da pelagem deste tapete vivem todos os animais respeitosamente.
Nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem."
"Nada de imitar seja lá quem for. Temos de ser nós mesmos. Ser núcleo de cometa, não cauda. Puxar fila, não seguir."

"Erro Tipográfico
A luta contra o erro tipográfico, tem algo de homérico. Durante a revisão os erros se escondem, fazem-se positivamente invisíveis. Mas, assim que o livro sai, tornam-se visibilíssimos, verdadeiros sacis a nos botar a língua em todas as páginas. Trata-se de um mistério que a ciência ainda não conseguiu decifrar."
Monteiro Lobato

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Costa Azul


Olá meus amigos.
Vocês devem ter percebido que Fundão é um município que oferece muitas oportunidades para o turismo, nas belas praias em suas proximidades.
Aqui, no espaço de "Curiosidades do Espírito Santo", só nessa região, conhecemos a Praia Grande, Praia do Rio Preto, Enseada das Garças e hoje, especialmente, a Praia da Costa Azul - em seguida, vamos conhecer um pouco sobre Fundão.
Espero que vocês tenham curtido as curiosidades dessas belas praias do norte do Espírito Santo. 
Abraços da amiga Janete

Costa Azul (Fundão)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 O Balneário Costa Azul ou simplesmente Costa Azul é um bairro do distrito de Praia Grande, no município brasileiro de Fundão, estado do Espírito Santo.
Localização: a 3 km da Praia Grande, sentido Aracruz a Praia da Costa Azul é uma ótima opçãopara surfistas, para quem gosta de tranquilidade, além de ser um local privilegiado para quem gosta de uma boa pescaria, um belo lugar que apesar de possuir casas, em quase toda extensão, ainda preserva sua vegetação de restinga essencial para a manutenção das desovas de tartarugas, suas areias são grossas e suas ondas conquistam os amantes do surf. Lugar ideal para uma boa caminhada, mas lembre-se de levar água e boné, pois são 2 km de praia com poucos estabelecimentos comerciais, a praia se localiza a 60m da Rod. ES-010.
Fundão: Resumo:





É um município com características rurais e está às margens do Rio Reis Magos. Ligado a Nova Almeida, foi daí que recebeu a maior parte do seu território, inclusive seu principal balneário, Praia Grande. Fundão se apresenta como um município com vocação turística, agregando valores pertinentes ao turismo histórico-cultural, sol e praia, agroturismo, ecoturismo, de aventura e também turismo social de de lazer.

Localização: Praia Grande. O Rio Reis Magos ou Fundão corta todo o
município e se constitui na fronteira entre Fundão e Serra. Ao desembocar no mar, entre Nova Almeida e Praia Grande, seu estuário forma um mangue, que é um dos ecossistemas associados à Mata Atlântica. Em conjunto, os manguezais de Fundão, Aracruz e Vitória formam uma das maiores áreas de mangues preservados do país. O rio faz parte do cotidiano da população ribeirinha de pescadores que retiram das águas a sua sobrevivência.
Utilizam, para tanto, canoas rústicas, praticamente artesanais e se lançam entre saliências e reentrâncias do rio. O rio não é mais navegável para barcos de calado superior a dois metros, pois o fundo de suas água é lamacento em algumas regiões e pedregoso em outras, sendo necessário um condutor bastante experiente e que conheça os diversos percursos navegáveis. Suas águas escuras e férteis com inúmeras variedades de peixes e crustáceos como o robalo, o tucunaré e os caranguejos, que vivem nas partes mais rasas. Suas margens são cobertas por uma vegetação de raízes expostas e retorcidas, com até quatro metros de altura, típicas de áreas de manguezal. O rio se abre em diversos braços que parecem extensos labirintos de vegetação, entre eles o Braço do Macaco. Existem rios locais com pequenos ancoradouros de barcos de pesca. Apesar de ser área de preservação, em suas margens são encontradas algumas fazendas. Além do Rio Reis Magos ou Fundão e seus afluentes, a rede hidrográfica do município é constituída pelos rios Piabas, Carneiro, Timbuí e Rio Preto.


 "A humildade é um excelente remédio contra o orgulho e o ciúme."


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Vamos movimentar?

Olá, meus amigos.

Já falei sobre o blog da mimis para vocês, inclusive adicionei o link como sugestão.
Hoje, estou passando para vocês uma dica legal, que não vale só para a terceira, mas para todas as idades.
Abraços da amiga Janete

Atividade física na terceira idade

by Michelle Franzoni
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Gente!
Hoje eu vou falar de uma coisa muito importante. A atividade física não é só para os jovens ou para quem quer ficar com o corpo em dia. 
Atividade física é para todos! E os seus principais benefícios estão na saúde e não apenas na estética. 
Com o aumento da expectativa de vida mundial, nossa população idosa vem aumentando cada vez mais, e então não podemos deixar de pensar na qualidade de vida dos nossos idosos e de nós mesmos futuramente. 
E a nossa terceira e melhor idade deve praticar exercícios sim, pois a realização regular de exercícios é uma das bases para uma melhor saúde e longevidade. 
Os benefícios são muitos, e estão relacionados diretamente às funções orgânicas e à independência e qualidade de vida do idoso. Além disso, a prática atua na prevenc'ão e melhora de muitas doenças como diabetes, cardiopatias, distúrbios osteomusculares como artrite reumatóide, osteoporose, hipertensão e muito mais. 
Olhem só benefícios da atividade física na terceira idade: 
exercicio-terceira-idade-blog-da-mimis-michelle-franzoni-
Além de todos esses benefícios, pesquisas apontam que a atividade física na terceira idade pode prevenir o envelhecimento cerebral e a demência senil. 
Mas a pergunta que vem em seguida é: qual exercício fazer? Isso vai depender de alguns fatores, mas principalmente devemos levar em conta  o grau de independência da pessoa e a presença de distúrbios limitadores. 
Se o idoso já tem alguma dificuldade de movimento ou mental, é preciso orientação especializada para que a execução do exercício seja adequada. 
Se já existem doenças pré existentes, o cuidado é maior ainda. Para isso, a orientação médica e fisioterapêutica é recomendada, visando a melhora do idoso em todos os aspectos da sua saúde e já atuando com eficácia nos problemas já instalados. 
Por exemplo, uma senhora que tem artrite reumatóide precisa de uma orientação especial para que o exercício auxilie no tratamento do distúrbio.
Vocês sabem que eu sou formada em fisioterapia e atuei 10 anos na área, né? Eu atendi muitos velhinhos e até Pilates eles faziam. Gente! Velhinhos mesmo! O Sr. Ernani, querido, tinha 92 anos! E eu amava trabalhar com a terceira idade. 
Hidroginástica, caminhadas, pilates, hidroterapia, musculação, yoga, são muitas atividades legais que podem ser feitas! 
Mas o  principal é darmos  atenção redobrada às restrições de certos exercícios aos idosos e também respeitar sua condição física sempre. 
E incentivar! Mostrar o quanto é importante a prática do exercício físico para uma velhice com qualidade. Estimular nossos idosos assim como eu faço com vocês, né? Com um carinho especial e muito amor! 
Vamos nos movimentar? 
"Ações triviais... As ações mais fáceis e profundas ocorrem na família. Essas são os atos mais profundos e significativos, e são o fundamento de todo o resto."
Bert Hellinger

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Casaco de crochê

Olá, meus amigos. 
Mais um trabalho em crochê, que finalmente, acabei de fazer.


Casaco amarelo, mangas compridas, feito com linhas Anne e Cléa, tamanho 40/42 - 
R$ 120,00 (Vendido)
"A reconciliação começa em nossa alma. Quando o que quer que seja que rejeitamos, ou do qual temos vergonha, é reconhecido e mesmo amado, então nós podemos nos tornar mais completos e em paz."
Bert Hellinger


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Mário Quintana

Olá meus amigos.
Novamente no nosso Cantinho da Literatura, um pouco mais de poesias e pensamentos do nosso querido escritor Mário Quintana para matar as saudades.
Amizade: Amor: Romântico, Superação:
"Fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer... E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei e da minha boca fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei... O amor é quando a gente mora um no outro."
"Se tiver de me esquecer, me esqueça. Mas bem devagarinho."
"Esquece todos os poemas que fizeste. Que cada poema seja o número um."
"Se um poeta consegue expressar a sua infelicidade com toda a felicidade, como é que poderá ser infeliz?
"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo."
"Entre o olhar suspeitoso da tia e o olhar confiante do cão o menino inventava a poesia..."
"Viajar é mudar o cenário da solidão."
"Nada jamais continua. Tudo vai recomeçar! E sem nenhuma lembrança das outras vezes perdidas."
O eterno espanto:
"Que haverá com a lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez?"
"Os verdadeiros versos não são para embalar, mas para abalar..."
"Quando duas pessoas fazem amor não estão apenas fazendo amor
Estão dando corda ao relógio do mundo."
"Fere de leve a frase... E esquece... Nada convém que se repita...
Só a linguagem amorosa agrada a mesma coisa cem mil vedes dita."

Do amoroso esquecimento:
"Melancolia - Maneira romântica de ficar triste."
Eu, agora - que desfecho! Já nem penso mais em tí...
Mas será que nunca deixo de lembrar que te esqueci?
Cada pessoa pensa como pode..."
"O mundo do sonho é silencioso como o mundo submarino.
Por isso faz bem sonhar."
"Nós vivemos a temer o futuro, mas é o passado que nos atropela e mata."
"A ironia atinge apenas a inteligência. Inútil desperdiçá-la com os que estão longe do seu alcance.
Contra estes ainda não se conseguiu inventar nenhuma arma. A burrice é invencível."
"Abandonou-te? - Pior ainda! esqueceu-me."
"Todos estes que aí estão atravancando o meu caminho,
Eles passarão... Eu passarinho!"
Qualidade de vida, Pessoas, Vida:
"A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe."
"Não me ajeito com os padres, os críticos e os canudinhos de refresco: não há nada que substitua o sabor da comunicação direta."
"O tempo é um ponto de vista. Velho é quem é um dia mais velho que a gente..."
"O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente."
"Quem dera eu achasse um jeito de fazer tudo perfeito, feito a coisa fosse o projeto e tudo já nascesse satisfeito."
"Só as crianças e os bem velhinhos conhecem a volúpia de viver dia a dia, hora a hora, e suas esperanças são breves."
"Sempre me senti isolado nessas reuniões sociais: o excesso de gente impede de ver as pessoas..."

Reflexão, Vida:
"O poema. Essa estranha máscara mais verdadeira do que a própria face."
"A saudade da amada criatura é bem melhor do que a presença dela."
"O futuro é uma espécie de banco ao qual vamos remetendo, um a um, os cheques de nossas esperanças. Ora, não é possível que todos os cheques sejam sem fundo."
"Qual Ioga, qual nada! A melhor ginástica respiratória que existe é a leitura, em voz alta, dos Lusíadas."
"Que importa restarem cinzas se a chama foi bela e alta?"
"O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso."
"Não faças da tua vida um rascunho. Poderás não ter tempo de passá-la a limpo."

Poesia:
"Só se deve beber por gosto: beber por desgosto é uma cretinice."
"Não sei dançar. Minha maneira de dançar é o poema."
"Cada noite que Deus dá meu amor, que está no céu despetala uma estrelinha para ver se ainda o quero..."
"Só a poesia possui as coisas vivas. O resto é necropsia."
"De um autor inglês do saudoso século XIX: O verdadeiro gentleman compra sempre três exemplares de cada livro: um para ler, outro para guardar na estante e o último para dar de presente."
"Qualquer ideia que te agrade, por isso mesmo é tua. O autor nada mais fez que vestir a verdade que, dentro em ti, se achava inteiramente nua."
"Poema - Mas porque datar um poema? Os poetas que põem datas nos seus poemas me lembram essas galinhas que carimbam os ovos..."
"Cada poema é uma garrafa de náufrago jogada às águas... Quem a encontra, salva-se a si mesmo."
"Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente... e não a gente a ele!"
Despedida, Incentivo, Sabedoria, Saudade:
A morte deveria ser assim: um céu que pouco a pouco anoitecesse e a gente nem soubesse que era o fim..."
"Subnutrido de beleza, meu cachorro-poema vai farejando poesia em tudo, pois nunca se sabe quanto tesouro andará desperdiçado por aí...
Quanto filhotinho de estrela atirado no lixo!"
"Procures me amar quando menos mereço, pois é quando mais preciso."
"A saudade que dói mais fundo e irremediavelmente é a saudade que temos de nós."
"A eternidade é um relógio sem ponteiros."
"Só tu soubeste achar-me... e te foste!

Da mediocridade: - "Nossa alma incapaz e pequenina Mais complacências que irrisão merece.
Se ninguém é tão bom quanto imagina, também não é tão mau como parece."
"O que me impressiona, à vista de um macaco, não é que ele tenha sido nosso passado: é este pressentimento de que ele venha a ser nosso futuro."
O trágico dilema: - "Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro."
Agradecimento a Deus.
"Não importa saber se a gente acredita em Deus: o importante é saber se Deus acredita na gente..."
Da observação: - "Não te irrites, por mais que te fizerem... Estuda, a frio, o coração alheio. Farás, assim, do mal que eles te querem, teu mais amável e sutil recreio..."
Não dá vontade de parar de ler, mas na próxima semana teremos mais.
Até lá...
Abraços da amiga Janete

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Enseada das Garças

Olá meus amigos. Hoje, para vocês, uma curiosa praia do norte do Espírito Santo.
Vocês já conheceram um pouco sobre a Praia Grande, post no início de dezembro; mas nas proximidades dessa praia, está essa que vocês vão conhecer agora e que me deixou curiosa. Parece ser uma praia bem primitiva mesmo, mas muitas pessoas gostam de procurar lugares mais tranquilos, diferentes e aproveitar as belas paisagens desses lugares mais curiosos.
Para quem não curte lugares assim, de qualquer forma, fica aqui mais uma curiosidade do Espírito Santo para vocês.
Abraços da amiga Janete

Enseada das Garças é um bairro do distrito de Praia Grande, no município brasileiro de Fundão, estado do Espírito Santo.
Com areias finas e águas calmas, a Enseada das Garças em Fundão, é destino ideal para curtir uma praia em família. Suas belas castanheiras compõe um recanto aconchegante no local pouco frequentado. A praia possui bares, restaurantes e um camping em suas proximidades.


A 1 km de Praia Grande, sentido Aracruz. Reentrância da costa entre as pontas da Flecheira e Fortaleza. Possui areias finas e compactas e resquícios de recifes bem próximos à praia, cobertos pela água onde restam pequenos arbustos de vegetação de restinga. Seu entorno é coberto em algumas partes por castanheiras, capoeiras e vegetação de restinga que são preservadas pela comunidade local e Prefeitura. Em uma parte da praia está localizado o Porto da Lama pequena enseada formada por duas pontas de arrecifes cobertas por vegetação de restinga, praia de águas mansas, areias grossas com 250 m de extensão, águas claras no verão e turvas no inverno, utilizada como ancoradouro para barcos de pescadores locais. A denominação Porto da Lama foi dada em virtude do fundo de suas águas serem de lama e areia. Apesar de localizar-se apenas a 50 m da rodovia é ainda pouco frequentada e bastante primitiva, cercada por vegetação de restinga, o fundo de suas águas é bastante pedregoso e lamacento, apresentando abundante produção de algas marinhas que são jogadas na areia.
Acesso ao atrativo: rodoviário, parcialmente pavimentado, sinalizado, em bom estado de conservação.
Descrição do acesso utilizado: saindo de Vitória, pela Rodovia BR-101 Norte até o trevo para a Rodovia ES-010, - segue-se então no sentido norte para Nova Almeida.
A praia está localizada logo após Praia Grande.
                                 
  "Confie no Senhor, mesmo nos momentos difíceis.
Os planos dele são melhores que os nossos."




segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Olhe para o alto do Monte Ararate

Olá, meus amigos.
Começando bem a semana de hoje, escolhi um texto extraído do livro "Olhando para os Montes" - Autor: Simonton Araújo e esse texto condiz muito com os tempos de hoje, quando as famílias estão necessitadas de recuperar os seus reais valores.
Um lindo texto para refletirmos durante essa semana.
"O monte Ararate tem 5.300 metros de altura e fica na Mesopotâmia.
A descrição bíblica adapta sua localização na antiga Armênia, que agora faz parte da Turquia moderna, em sua porção oriental.
Ele tem a forma de um cone irregular e está ligado a outro monte, conhecido como Pequeno Ararate, por uma longa cadeia de quase 13 km de extensão.
Andando pela trilha de Gênesis 8:4, encontramos, no alto dele, uma arca. Nela, Noé e sua família reunida, salva do dilúvio, estavam se preparando para sair.
O contexto no qual Noé viveu era de grande corrupção moral, e a família foi o alvo mais alcançado e estraçalhado nesses dias.
Antes de cair um dilúvio de águas sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites, ela, a família, já estava submersa em um dilúvio de atitudes levianas que desestruturaram todos os seus alicerces. E, se essa instituição divina falindo, tudo estava destruído.
Encontrando a arca no Ararate, encontramos Deus se preocupando não apenas com o homem individualmente, mas também investindo no lar de Seus filhos.
A arca de Noé aponta para essa preciosa verdade: um Deus gracioso abençoando "por tabela" os nossos familiares, isto é, usando-nos para sermos um canal de benção dentro da nossa casa.
"Disse o Senhor a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração" (Gênesis 7:1).
Hoje, como nos dias de Noé, a família está correndo risco de ser engolida pela corrupção moral de nossa sociedade.
A rebeldia, o desrespeito, a infidelidade, a falta de carinho e tantos outros ingredientes semelhantes a esses têm perturbado a nossa casa.
Precisamos de socorreo.
Socorro para o casamento, socorro para exercermos com sabedoria a paternidade, socorro para os filhos...
Olhe para o Ararate.
Lá você encontra um Deus que investe e intervém na recuperação da família.
E esse Deus não mudou.
Hoje também Ele pode e quer usá-lo para a recuperação da sua família. Como chamou Noé, Ele chama você para esse ministério.
Não fique esperando pelos outros e dos outros. Tome a iniciativa.
Escrevi o livro "Recuperando os Valores da Família" observando que, na parábola da mulher que possuía dez moedas e perdeu uma (Lucas 15:8-10), ela investe todo esforço até encontrá-la.
Ela varre a casa, acende a luz e procura diligentemente recuperar o valor perdido.
Principalmente no meio das crises em família, olhe para o Monte Ararate.
Não foi fácil e romântico para Noé construir aquela arca e colocar alí a sua família. Foi um trabalho árduo. Mas conseguiu.
Eleve os seus olhos para o Monte Ararate e veja o socorro do Senhor oferecido também a você.
Alí Ele não somente está garantindo uma conclusão feliz no meio do caos, mas está chamando e vocacionando você para ser uma benção dentro do seu lar. E Ele não mudou.
Uma das lições que aprendemos lá em cima é esta: invista, mesmo que pareça uma grande loucura. Invista no seu lar.
Ainda hoje podemos confiar nessa palavra:
"...Crê no Senhor Jesus
e serás salvo, tu e tua casa".
(Atos 16:31)"
Uma ótima semana a todos.
Abraços da amiga Janete

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O ÁRABE E O JUDEU

Olá, meus amigos.
Vamos descontrair um pouco? Então, vai uma piadinha legal!


O árabe vai à loja do judeu para comprar sutiãs pretos.
O judeu, pressentindo bons negócios, diz que são raros e poucos e vende por 40 euros cada um.
O árabe compra 6, e volta alguns dias depois querendo mais duas dúzias.

O judeu diz que as peças vão ficando cada vez mais raras e vende por 50 euros a unidade.

Um mês mais tarde, o árabe compra o que resta por 75 euros cada.

O judeu, encucado, lhe pergunta o que faz com tantos sutiãs pretos.

Diz o árabe:
- Corto o sutiã em dois, faço dois chapeuzinhos e vendo para os judeus por 100 euros cada.

FOI AÍ QUE A GUERRA COMEÇOU...
Gostaram? De vez em quando é necessário uma distração...
Abraços da amiga Janete

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Recordando Ferreira Gullar

Olá, meus amigos.
Para que vocês possam relembrar alguns homenageados no nosso blog da amizade em 2013, até o final deste mês, teremos alguns pensamentos, textos e poesias sobre esses queridos escritores e poetas brasileiros.
No próximo mês, seguirei com os novos escritores.
Abraços da amiga Janete.


"Só mesmo um personagem como este (Dom Quixote) e uma história como esta, para nos exporem à nossa própria e invencível contradição: queremos a sensatez que nos protege, mas não resistimos à loucura que arrebata. E, por isso, inventamos a arte, que nos permite experimentar a loucura sem correr o risco de irmos parar num hospício."
(Ferreira Gullar em comentário sobre Dom Quixote de la Mancha)
"Do mesmo modo que te abriste à alegria
abre-te agora ao sofrimento
que é fruto dela
e seu avesso ardente.
Do mesmo modo
que da alegria foste
ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste
nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas
e em tua carne vaporize
toda ilusão
que a vida só consome
o que a alimenta."
Ferreira Gullar.
"Aqui me tenho como não me conheço nem me quis, sem começo nem fim. Aqui me tenho
sem mim, nada lembro, nem sei."
"Mas essa é a natureza do amor, comparável à do vento: fluido e arrasador."
"Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela n ão saiba."
"Uma parte de mim é só vertigem: outra parte, linguagem."
Ferreira Gullar


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Mestre Álvaro


 Olá meus queridos amigos.
Mais uma curiosidade muito legal para vocês. Hoje vamos conhecer um pouco sobre esse monte lindo, que faz parte das belezas capixabas.
Sempre olho as fotos “Beleza Capixaba”, postadas pelo meu amigo Marcos Piccin, e fica sendo uma das minhas fontes inspiradoras para “Curiosidades do Espírito Santo”, do nosso blog da amizade.
Sou muito fã desse Monte, pois o aprecio há muitos anos, todos os dias, pela janela e varanda da minha casa. É uma vista privilegiada, e o Mestre Álvaro funciona como “previsão do tempo”, pois quando está formando nuvens sobre ele, que chamamos de “chapéu do Mestre Álvaro”, é sinal de chuva; e funciona sempre.

De uns tempos para cá, não temos a vista completa, pois construíram um galpão, que cobriu uma parte dessa linda paisagem, mas dá para ver boa parte dele, inclusive o “chapéu” avisando do tempo, rss.
Podem curtir o Mestre Álvaro. 
Abraços da amiga Janete



O Mestre Álvaro é um dos monumentos naturais mais marcantes da Serra. Com seus 833 metros de altitude, domina a planície litorânea, expondo seus contornos a deleite de quem o aprecia de longe e oferecendo seu rico ecossistema à preservação ambiental.
O Mestre Álvaro é considerado uma das maiores elevações litorâneas da costa brasileira e abriga uma das últimas áreas de Mata Atlântica de altitude do Estado. O governo do Estado em 1977, criou o Parque Florestal e a Reserva Ecológica Mestre Álvaro. O parque compreende uma área aproximada de 3.470 hectares, estando assegurada por Lei a proteção integral da fauna, da flora e demais recursos naturais, com utilização para objetivos educacionais, científicos, recreativos e turísticos.
Os antigos moradores da Serra contam que o Mestre Álvaro recebeu este nome porque ali morava um mestre de carpintaria, ou professor, de nome Álvaro e sempre que alguém desejava algum serviço dele, dizia: "Vou no Morro do Mestre Álvaro".
Outros explicam que ele serve de orientação para pescadores, que se sentem seguros de seguirem pelo mar até que mantenham ao alcance dos olhos do topo do mesmo, que chamam de "Mestre Álvaro".
O Mestre Álvaro é um maciço granítico que, devido à sua altura e posição, tem servido à navegação marítima há séculos. Ele é citado em documentos cartográficos do século XVI. É considerado um dos picos mais altos da região costeira brasileira. Possui um bosque rico em fauna e flora nativas e algumas cavernas.
                                        
Detalhamento do acesso mais utilizado:
Siga pela BR 101 até o trevo de acesso à Serra-Sede, a partir deste ponto trafegue pela Rua Jones dos Santos Neves até a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Passe pelo cemitério e Colégio Clóvis Borges Miguel e pegue a estrada de terra até o Clube Floresta Mestre Álvaro, seguindo o restante a pé por trilhas.                                    
                                                   Fonte: Prefeitura Municipal da Serra.
 Mestre Álvaro visto da minha casa

"Venho do fundo das eras quando o mundo mal nascia...
Sou tão antigo e tão novo como a luz de cada dia!"
Mário Quintana

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Antônio Prata


 l     Olá, meus amigos leitores do “Cantinho da Literatura”
Hoje vamos iniciar com um dos melhores textos, dos melhores escritores – “Pra Lua” e a seguir, vocês vão saber um pouco sobre esse escritor brasileiro, homenageado aqui no nosso blog da amizade.
O texto não é pequeno, mas envolvente e para quem gosta de uma boa leitura, vai valer à pena.

     Pra Lua 
©    Projeto Releituras
Arnaldo Nogueira Jr
28/01/2014 - 21:02:10

           "Não foi assim logo de cara. Claro, seu Julião e dona Neuza já tinham reparado numa coincidenciazinha aqui, uma sorte acolá, mas só foram perceber que Julinho tinha mesmo um dom especial no verão de 1984, em Caraguatatuba, assim que o moleque acabou de chupar o quinto picolé, de manga.

Quinze minutos antes, ao acabar o primeiro sorvete, um Fura-bolo, Julinho pulou de alegria: o palito viera premiado, dando direito a mais um. Até aí, nada de mais... Acontece que o segundo sorvete (um Esquimó) também dava direito a outro, assim como o terceiro (de coco), o quarto (tangerina) e provavelmente todos os que chupasse se, no quinto picolé — a barriga do garoto já estava parecendo uma tela do Pollock, tantas as gotas de diversas cores que escorriam em direção à sunga verde-limão—, o sorveteiro não tivesse dado com a tampa de isopor em sua cabeça e saído soltando os palavrões mais cabeludos, cujos significados Julinho só viria a descobrir muitos anos mais tarde, na perua do colégio, numa tarde de maio — o que não vem, absolutamente, ao caso.

O que nos interessa é que nessas férias Julinho ganhou três quilos e o respeito de toda a criançada de Caraguá, com quem trocava os palitos premiados por pipas, baldinhos de areia, favores e até uma bicicleta com buzina, cestinha e farol. (A bicicleta, infelizmente, teve que ser devolvida assim que uma mãe apareceu no guarda-sol da família, trazendo um filho choroso numa mão, 45 palitos premiados na outra e exigiu a anulação da troca.)

Apesar de já saberem que ali tinha coisa, foi só quando Julinho estava na quinta série, na época que surgiram as Raspadinhas, que seus pais realmente se deram conta do potencial econômico de seu dom. Enquanto a maioria dos mortais gastava tubos do dinheiro naqueles cartões lotéricos e, na melhor das hipóteses, ganhava 50 centavos — gastos em mais uma Raspadinha que, claro, não dava em nada —, Julinho sempre tirava a sorte grande: era só raspar a camada prateada e sair pro abraço.

Em alguns meses, a família comprou uma cobertura, casa na praia, carro importado e jet ski. Não fosse o processo promovido pela Associação Brasileira dos Donos de Casas Lotéricas — que deu queixa na polícia dos prejuízos causados pelo gordinho que aparecia sempre chupando um picolé, comprava uma Raspadinha e limpava os caixas dos estabelecimentos — e a família, em pouco tempo, entraria nas listas das mais ricas do Brasil.

Em entrevista ao vivo no programa do Gugu, logo após serem absolvidos no processo — com o acordo de que Julinho jamais jogasse em qualquer tipo de loteria federal —, seu Julião, o pai, disse que não tinha truque nenhum: "O garoto é assim, desde pequeno: rabudo. Pede par, sai quatro, ímpar, dá cinco e, no amigo secreto do Natal, sempre é tirado pelo tio Leôncio, meu cunhado, que dá os melhores presentes." Dona Neuza, a mãe, acrescentou orgulhosa: "Hum-hum..,"

Desde o lance das Raspadinhas, seu Julião e dona Neuza já não trabalhavam: como os pais de um craque ou de um desses cantores mirins, dedicavam-se exclusivamente a desenvolver o talento do filho. Passavam o dia colocando tampas de margarina e embalagens de chocolate em envelopes e respondendo a perguntas tipo “qual é o sabão que deixa limpão"; "a bateria que nunca arria"; "o refrigerante que faz splash" ou "o absorvente da executiva moderna". Toda manhã, antes de ir para a escola, Julinho punha as cartas no correio: eram casas, caiaques, home theatres, férias em estâncias hidrominerais, fins de semana em hotéis-fazenda, um ano de supermercado grátis e outros prêmios que não acabavam mais.

Dona Neuza pôs botox, silicone, clareou os cabelos e entrou numas de Feng-Shui; seu Julião fez implante capilar, montou um bar espelhado na sala da cobertura e fazia churrasco todos os domingos; Julinho tinha um minibugue, fã-clube, todos os bonequinhos dos Comandos em Ação, Passaporte da Alegria vitalício no Playcenter e a Tilibra estava prestes a lançar uma linha de cadernos com sua foto na capa.

Apesar de todo o sucesso, Julinho estava entediado. Não havia nada que quisesse que não conseguisse: quando jogava futebol, para qualquer lugar que chutasse, a bola entrava; todo dia tropeçava com carteiras cheias de dinheiro e, quando ficava doente e perdia uma prova na escola, o professor faltava. Era muito fácil. Além do quê, não agüentava mais chupar picolé. Sem uma dificuldade, por menor que fosse, um empecilhozinho qualquer, as coisas perdiam a graça. Andando de lá para cá com seu minibugue pelas ruas do condomínio, Julinho lamentava: "Se ao menos eu tivesse que preencher algum formulário, ou pagar uma mensalidade, ou fazer duzentas abdominais toda manhã, eu sentiria que estou tendo algum trabalho, mas assim, do nada, não tem graça!". Tudo o que ele queria, como sempre nesse tipo de história, era ser como as outras crianças. Mas como?

Foi por acaso, caminhando pelo Centro de São Paulo, num dia desses em que o céu cinza parece apenas a metáfora que um escritor previsível criou para espelhar a nossa nublada configuração interna, que Julinho deu de cara com o lugar mais impressionante que seus olhos já haviam visto, um mercado onde se podiam encontrar ovos de dinossauros vietnamitas, videocassetes chineses, múmias maias, DVDs pornográficos da Hungria, parentes distantes, lança-mísseis russos e até amor verdadeiro — a galeria Pajé. E foi ali, entre um Rolex falsificado e um cachorrinho de pelúcia (que era ao mesmo tempo dicionário eletrônico, liquidificador e chapinha para cabelos), que Julinho encontrou a lâmpada árabe. Haddad, o vendedor, garantiu que a preciosidade era do século XIII e havia sido roubada pessoalmente do Museu de Bagdá, durante a invasão americana. Julinho, contando, como sempre, com a própria sorte, não vacilou.

Assim que chegou em casa e começou a lustrar a lâmpada com a manga da camisa, o ambiente encheu-se de fumaça, ouviu-se uma explosão e, depois de uma chuva de purpurina e lantejoulas, lá estava ele, translúcido e obeso, pairando a um metro do chão: o gênio da lâmpada!

— Ó amo querido, me libertaste da terrível prisão! Como recompensa, concedo-te três pedidos. Diz-me apenas quais são teus desejos e logo os satisfarei!

Julinho nem pestanejou:

— Primeiro eu queria ser como os outros, não ter tanta sorte: me dar bem às vezes, mal em outras, ter que me esforçar para conseguir o que quero. Segundo, já que a sorte me abandonará, quero apenas garantir uma regalia: que todas as mulheres que posam para a Playboy queiram fazer sexo comigo até o fim da vida. Terceiro, desde criança que penso nisso: por que chamam esse objeto dourado de lâmpada, se ele mais parece um bule?

O gênio, com aquela cara séria e atenta que gênio faz nessas horas, respondeu:

— Meu amo: teus desejos são uma ordem!

Mais fumaça, mais chuva de purpurina e lantejoulas e, quando tudo se acalmou, no lugar que antes o gênio sobrevoava, havia um bilhete:

“Caro amo, temo avisar-te que ocorreu uma falha na execução de teus desejos. Acontece uma vez a cada mil anos o que nós, gênios da lâmpada, chamamos de paradoxo retroativo. Teu primeiro desejo foi imediatamente aceito e teu azar, portanto, começou ali mesmo, fazendo com que os efeitos desse gênio não tenham efeito nenhum. Em outras palavras: tudo continuará como antes, tu continuarás sortudo. Se fizeres sexo com playmates ou descobrires por que esse bule é uma lâmpada será porque nasceste virado para a lua, não por conta de meus serviços. Agora, devo ir-me, haverá uma convenção de gênios da lâmpada no Rotary Club de Ribeirão Preto e não posso perdê-la por nada. Adeus e obrigado."

Julinho, desesperado, resolveu jogar a toalha. E a toalha, no caso, era ele mesmo: olhou seu quarto pela última vez, derramou uma lágrima de despedida e saltou pela janela da cobertura. Enquanto caía, pensava no infortúnio de não ter nenhum infortúnio, na desgraça da graça a ele concedida e, sabe-se lá por quê, num short amarelo de que gostava muito quando era pequeno.

Vinte e cinco andares e sete segundos depois, para surpresa dos pedestres, lá estava ele, vivo e consciente, estatelado sobre uma Kombi azul. Naquele momento, ainda zonzo por causa da queda e surdo com o esporro do japonês, que reclamava dos estragos causados ao veículo e perguntava como era que ele ia fazer agora para trazer o shimeji de Cotia todo dia, Julinho compreendeu sua sina: era imortal, sortudo demais para morrer.

Uns dizem que foi o tombo, outros comentam que a coisa já vinha de longe, que ele sempre teve um parafuso a menos, mas o fato é que todo dia, desde o salto, Julinho tenta, inutilmente, tirar a própria vida. Depois de beber cianeto (estava vencido), cortar os pulsos (a faca quebrou), enforcar-se (a árvore tombou) e tentar todos os outros métodos conhecidos e desconhecidos de suicídio — chegou até a alimentar-se por uma semana só de detergente de maçã —, Julinho perdeu de vez o juízo. Vaga doido pelo mundo, magro, descalço e barbudo. De vez em quando, engole espadas, caminha sobre brasas, deixa jamantas passarem por cima de seu corpo e faz cooper em campos minados de Angola, sempre em vão. Para piorar, uma multidão de fiéis o segue aonde vá, acreditando ser a volta de Jesus à Terra. Alguns rabinos discutem se é ou não o messias, as playmates não lhe dão sossego e produtores de televisão ligam todo dia, insistindo em fazer um documentário para o Discovery Channel.

Agora, por exemplo, Julinho está em Foz do Iguaçu, chorando arrependido da remota manhã em que foi pedir aquele maldito Fura-bolo em Caraguatatuba. Em instantes se atirará do alto da mais alta das cataratas — de onde será resgatado, alguns minutos depois, vivo e limpinho, pelos bravos homens do Corpo de Bombeiros do Brasil."



CONHECENDO UM POUCO O ESCRITOR:

     Antonio Prata (24/08/1977) é paulista e tem os seguintes livros publicados: "Cabras, Caderno de Viagem", com Paulo Werneck, Chico Matoso e Zé Vicente da Veiga, "Douglas e outras histórias", “As pernas da tia Corália” ,"Estive pensando" e "O inferno atrás da pia".

Fernando Morais, escritor reconhecido no Brasil e no exterior, assim se manifestou sobre “Douglas": ”... Seria um livro de contos? De ensaios? De reflexões sobre o mundo? Não sei dizer. O que eu sei é que é um dos mais espirituosos e divertidos livros que li nos últimos tempos. Não me pejo, assim, de (mais uma vez?) valer-me da fantasia de Ruy Castro: aconselho-os a acompanhar a carreira do jovem escritor Antonio Prata. Ele tem espantoso futuro. Continuem lendo e observando-o". E termina:"Pela qualidade do texto, fica dispensado o teste do DNA: Antonio é mesmo filho de Marta Góes e de Mario Prata".

Da página 37 do livro "O inferno atrás da pia", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2004, extraímos o texto acima.



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Antonio Prata (São Paulo, 24 de agosto de 1977) é um escritor e roteirista brasileiro.
Filho dos também escritores Mário Prata e Marta Góes, cursdou Filosofia (na USP), Cinema (FAAP) e Ciências Sociais (PUC-SP), mas não chegou a concluir nenhuma das faculdades. Escreve aos domingos no caderno Cotidiano da Folha de São Paulo e é roteirista contratado pela Rede Globo, onde colaborou na novela Avenida-Brasil, de João Emanuel Carneiro.
Escreveu crônicas para a revista Capricho entre 2001 e 2008 e também para o jornal O Estado de São Paulo, entre 2003 e 2009.
Foi um dos 16 participantes do projeto Amores Expressos, passando um mês em Xangai para escrever um romance, até hoje não publicado.
Em novembro de 2013, publicou o livro de crônicas semi-memorialísticas Nu, de botas, pela editora Companhia das Letras.
Pensamentos de Antônio Prata
"...Eu poderia contar outras histórias, mais felizes e intensas, mas não valeria à pena. Nós inflacionamos a felicidade. Ela está por aí, gasta, em propagandas de Campari, em outdoors de pasta de dentes, em livros, filmes, melodias e novelas das seis. Nenhuma felicidade real chega aos pés dessa que criamos. A única felicidade possível, acredito, é a promessa de felicidade. Já não há mais espaço para happy ends. Só para happy beginings. Esse é o meu..."
Antônio Prata
"Feliz ou infelizmente para homo ou heterossexuais não há livre arbítrio nas coisas do coração. Não elegemos \ pessoa por quem nos apaixonamos. Apenas descobrimos, com as pernas bambas, as mãos suadas, a boca seca, o coração acelerado e uma flecha no peito, dizendo que é aquela ou aquele ali que queremos debaixo dos nossos lençóis.
Antônio Prata.
"Se tivermos o cuidado e sorte - sobretudo, talvez, sorte - quem sabe, dê certo? Não é fácil. Tampouco impossível. E se existe essa centelha quase palpável, essa esperança intensa que chamamos de amor, então não há nada mais sensato a fazer do que soltarmos as mãos dos trapézios, perdermos a frágil segurança de nossas solidões e nos enlaçarmos em pleno ar. Talvez nos esborrachemos. Talvez saiamos voando. Não temos como saber se vai dar certo - o verdadeiro encontro só se dá ao tirarmos os pés do chão - mas a vida não tem nenhum sentido se não for para dar o salto.
Antônio Prata.

Das obras de Antônio Prata, deixo para vocês, duas sinopses:
    
O INFERNO ATRÁS DA PIA.
"'O Inferno Atrás da Pia' reúne 19 contos. O autor associa o culto ao deboche com uma peculiar aptidão para olhar tudo, sem pressa ou juízo de valor. Antônio Prata também se mostra à vontade ao brincar com o inverossímel - no conto 'O Esquema Pesque & Pague' autores do calibre de Rubem Fonseca, João Ubaldo Ribeiro, Millôr Fernandes e Luís Fernando Veríssimo, são descobertos numa fraude literária. 'Sentou no chiuaua e foi ao cinema' apresenta o único ser humano protagonista de todas as lendas urbanas existentes.
MEIO INTELECTUAL, MEIO DE ESQUERDA.
Um sofá encalhado no mangue, uma coifa uruguaia, os trocadilhos nos nomes dos pet shops, o bairro de Perdizes, o jogador Ronaldo, os mictórios cheios de gelo dos restaurantes, o salto mortal sem rede que o amor exige dos apaixonados, a casa de um morador de rua, um sorvete de cheesecake, o barulho das marretadas de um apartamento em reforma - eis alguns dos temas de 'Meio Intelectual, Meio de Esquerda', o livro de crônicas de Antônio Prata.
Gostaram? Tenho certeza que sim, e, para quem gostou de Antônio Prata, pesquisem, vocês vão saber e gostar ainda mais desse jovem e respeitado escritor brasileiro.
Fica aqui mais uma sugestão.
Abraços da amiga Janete





terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Praia de Rio Preto

No início de dezembro, vocês conheceram a Praia Grande, que faz parte do município de Fundão, mas bem próximo dali, a mais ou menos 3 km, fica um lugar bem curioso, na foz do rio Preto, com limite entre Fundão e Aracruz, que é a Praia do Rio Preto.
Vamos saber mais sobre esse lugar?
Praia do Rio Preto
Localização: No Distrito de Praia Grande, a 90 km da sede de Fundão. Localizada na desembocadura do Rio Preto, no limite entre os municípios de Fundão e Aracruz.
Descrição: Praia com areias finas e compactas, ladeada por vegetação de restinga e castanheiras. Apresenta ondas altas, sendo indicada para a prática de surf.

No local ocorre desovas de Tartarugas Marinhas que são monitoradas pela comunidade local e pelo Projeto TAMAR, na foz do Rio Preto há arrecifes que propiciam o mergulho submarino. A praia do Rio Preto é pouco frequentada e guarda características primitivas, apesar de estar a apenas 30 m da rodovia ES 010, no local a Prefeitura e a comunidade local está desenvolvendo projetos de preservação e educação ambiental.
Acesso ao atrativo: rodoviário, parcialmente pavimentado, sinalizado, em bom estado de conservação.
Descrição do acesso utilizado: saindo de Vitória pela Rodovia BR-101 Norte até o trevo para a Rodovia ES-010, segue-se então no sentido norte para Nova Almeida.
A praia está localizada logo após Praia Grande.
Eu tenho insistido no litoral, aproveitando esse verão literalmente quente; e o prazer de falar sobre as curiosidades do Espírito Santo, junta-se com a grande oportunidade de divulgar e sugerir belas praias para quem ainda não as conhece.
No último dia 25, no sábado, o programa Em Movimento destacou a Praia Grande, inclusive a Praia de Costa Azul, como a última praia do litoral de Fundão; a repórter Lorena, destacou também a curiosidade sobre o rio preto; "... nos deparamos com um visual diferente. É que por lá a água do mar se mistura com a do rio preto. A água é escura, mas é tudo natural. Vale à pena conhecer. Veja só!", disse .


Então, fica mais essa sugestão e em breve, teremos, além do litoral, outras curiosidades do Espírito Santo.
Abraços da amiga Janete.
"Se alguém quiser o teu mal e por acaso te ferir, não se deixe abalar e sorria; ser feliz é a melhor vingança."
Augusto Branco