quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Poemas de Rachel de Queiroz



Telha de vidro

Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...

A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...

Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que - coitados - tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.

Que linda camarinha! Era tão feia!
- Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!



Geometria dos ventos

Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.
Onde se conta uma história,
onde se vive um delírio; onde a condição humana exacerba,
até à fronteira da loucura,
junto com Vincent e os seus girassóis de fogo,
à sombra de Eva Braun, envolta no mistério ao mesmo tempo
fácil e insolúvel da sua tragédia.
Sim, é o encontro com a Poesia.

(Poesia feita em homenagem ao poema Geometrida dos Ventos de Álvaro Pacheco)


"Outra lição que se pode tirar destas considerações é que a vida sem sonhos é muitíssimo mais fácil. Sonhar custa caro. E não digo só em moeda corrente do País, mas daquilo que forma a própria substância dos sonhos,

"Por que os doutores, tão ricos em remédios para o corpo ofendido, não arranjam algum remédio para um ferido coração?"

"É como se todos nós, no fundo sentíssemos que nascemos apenas para obedecer a um chamado, e obedecer docilmente, a obedecer a qualquer um que nos convoque para vitória, mesmo que na verdade, nos convide para morte."

"A conclusão humilhante é que, todos, homens e carneiros, sentimos que nascemos para fazer parte de um rebanho."

"É um erro frequente em que caem os pais; ao nascer o menino, junto com as fraldas, eles lhe preparam um futuro. Não pensam que aquele filho é uma pessoa. Que terá seus sonhos próprios e suas ambições próprias. Parece que o mais prudente para o pai é não se antecipar. É comovente a revolta dos pais ante essa "desobediência", quando não seguem o que foi mandado, dos meninos, como se eles fossem obrigados a alimentar sonhos por conta dos sonhos paternos."

"Porém recordo que como as folhas de verão, os bombeiros mudam e são substituídos pelas folhas novas"


Frases feitas por Rachel de Queiroz
 
"A arte é um resumo da natureza feito pela imaginação." 


"Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete linhas o louvor do jornal. Para se conquistarem essas sete linhas benditas, os homens praticam todas as ações - mesmo as boas." 

"Os sentimentos mais genuinamente humanos logo se desumanizam na cidade." 

"O amor eterno é o amor impossível.
Os amores possíveis começam a morrer
no dia em que se concretizam."

"O jornal exerce todas as funções do defunto Satanás, de quem herdou a ubiquidade; e é não só o pai da mentira, mas o pai da discórdia."

"O apreço exterior pela arte é a sobrecasaca da inteligência."

"O maior espetáculo para o homem será sempre o próprio homem."

"A beleza exterior alegra os olhos, porém a beleza interior, faz com que o coração bata mais rápido."

"A amizade é algo que nos proporciona momentos inesquecíveis, nem sempre tudo é bom, mas quando é verdadeira o menos bom sempre é preenchido pelo melhor!"


"Nós mulheres, herdamos muito
da personalidade de Eva:
todas as vezes que nos encontramos
na santa paz do Paraíso,
ficamos ansiosas por morder uma maçã
e cairmos fora de lá!..."

SUGESTÕES DE LIVROS:
 


  

 
   






Praça dos Leões - Rachel de Queiroz



terça-feira, 29 de outubro de 2013

Curiosidades do Convento da Penha

Olá, meus queridos amigos.
De tantas curiosidades do Espírito Santo, hoje vamos falar sobre o Convento da Penha.
São 453 anos de existência. Um dos mais belos cartões postais do Espírito Santo, o Convento da Penha reserva muitas curiosidades e belas histórias. Cenário que envolve fé e devoção, além de uma paisagem encantadora, o monumento recebe milhares de visitantes todos os anos. São turistas e fiéis de diversas partes do Brasil e do mundo que buscam conhecer um pouco da história do santuário dedicado a Nossa Senhora da Penha, padroeira do Estado.
Frei Pedro Palácios
O Convento da Penha nasceu pelas mãos do espanhol frei Pedro Palácios, que visualizou em seus sonhos uma igreja no alto de um morro com duas palmeiras na recém descoberta América.
O frei desembarcou no Brasil para trazer um pouco de sua devoção para a nova terra. Depois de passar um tempo em Salvador, Pedro Palácios navegou pelo litoral brasileiro até aportar, em 1558, no sítio histórico da Prainha. Ao chegar à cidade mais antiga do Espírito Santo, o frei visualizou o morro que viu em seus sonhos.
Pedro Palácios trouxe uma imagem da Virgem Maria e se instalou em uma pequena gruta, no pé do morro. Reza a lenda que algumas vezes a imagem sumia e aparecia no topo do morro. Graças a esse fato, o frei ficou convencido de que ali seria o lugar ideal para construir a igrejinha de seu sonho. Ele deu início a sua pregação e assim começou a história de fé e devoção do povo capixaba. Foi erguida, em 1562, uma capela para São Francisco de Assis no Campinho do Convento. Frei Pedro Palácios encomendou de Portugal uma imagem de Nossa Senhora da Penha, que até hoje está no Convento. Depois da morte do espanhol, em 1570, a capela ficou aos cuidados de amigos devotos do frei.
A primeira pedra da edificação que hoje conhecemos como Convento da Penha foi colocada em 1651 pelo guardião Francisco da Madre de Deus. Ao longo dos anos, o Convento recebeu ampliações e reformas. A construção inicial do santuário foi realizada pela própria comunidade com as pedras do morro. Inicialmente era uma igreja pequena que foi sendo expandida até chegar à forma que hoje conhecemos. A obra levou mais de 100 anos para ser concluída. Arquitetonicamente não existe no Brasil nenhum monumento com essa estrutura e história.
O Convento integra a parte principal de um conjunto que inclui a capela de São Francisco e a gruta frei Pedro Palácios, onde o religioso buscou abrigo em sua chegada à cidade, na entrada velha para o monumento. O mais belo cartão postal capixaba é tombado pelo Patrimônio Histórico no Espírito Santo.

 Curiosidades e lendas da Penha
Histórias curiosas não faltam em torno do monumento dedicado a Nossa Senhora da Penha.
Uma delas é o surgimento de uma fonte no início das obras do Convento. Chamada de fonte de Nossa Senhora, ela possibilitou a realização das obras e, depois que elas se encerraram, a fonte secou. Fala-se também da procissão marítima do ano de 1769, época em que a seca assolava a capitania. Segundo a lenda, as matas do morro seguiam verdes e viçosas enquanto o resto da região estava em uma profunda seca. Depois da procissão, a chuva caiu. Esse fato foi retratado em uma das telas do pintor Benedito Calixto, que se encontra nas paredes do santuário.
Referência capixaba
Cartão postal capixaba, o Convento da Penha é um dos pontos mais visitados pelos turistas no Estado. Além dos milhares de visitantes que recebe ao ano, o santuário integra nosso folclore sendo mencionado na poesia, no congo, nas artes plásticas e em outras manifestações artísticas. O monumento é fonte de inspiração para artistas, que buscam na beleza do santuário inspiração para suas obras.
Fonte: Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Vila Velha - 2011.
  


Festa da Penha: Séculos de Tradição
Vila Velha, o berço da civilização capixaba, e possui belas história que envolvem suas riquezas naturais, patrimônio e cultura. Entre tantas belezas, destaca-se o Convento da Penha, cartão postal capixaba, dedicado a Nossa Senhora da Penha, Padroeira do Espírito Santo.
Desde o tempo das capitanias hereditárias, a padroeira capixaba é homenageada por devotos. E, através dos anos, a festa que homenageia a santa atrai milhares de fiéis, aumentando o fluxo de turistas na cidade.
Considerada a terceira maior festa religiosa do Brasil, fica atrás somente da comemoração que homenageia a padroeira do Brasil, em Aparecida, São Paulo, e do Círio de Nazaré, em Belém, no Pará.
AFesta da Penha é realizada todos os anos, oito dias depois do domingo de Páscoa, no Convento da Penha e no sítio histórico da Prainha. Fiéis e turistas se reúnem para assistir as missas celebradas no Campinho, além de participar das romarias e dos shows.


 PADROEIRA DO ESPÍRITO SANTO
Nossa Senhora da Penha foi proclamada padroeira capixaba pelo papa Urbano VIII em 23 de março de 1630. Conta a história que a bula papal foi confirmada apenas em 26 de janeiro de 1908 com o resultado de um plebiscito realizado em todas as paróquias do Estado. E a aprovação do Vaticano veio apenas em 27 de novembro de 1912.
A Festa da Penha começou com o Frei Pedro Palácios, fundador do Convento da Penha. O frei encomendou uma imagem de Nossa Senhora (e que ainda se encontra no Santuário) e convidou as pessoas para fazer a benção. Dois dias após a primeira festa da Penha (1570), Pedro Palácios faleceu.
Mais informações no site: http;//www.conventodapenha.org.br
O Convento Nossa Senhora da Penha, em Vila Velha, é o principal monumento religioso do Estado do Espírito Santo. Além da bela vista da cidade, a capela guarda a imagem de Nossa Senhora da Penha, padroeira do estado. Ao lado, três salas funcionam como museu sacro, loja e sala de ex-votos.

Você sabia?


O Espírito Santo tem como limites o Oceano Atlântico a leste, a Bahia a norte, Minas Gerais a oeste e noroeste e o estado do Rio de Janeiro a Sul

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Rachel de Queiroz

Olá, meus queridos amigos. Para quem já conhece ou já ouviu falar em Rachel de Queiroz e para quem ainda não conhece, hoje será a homenageada do “Cantinho da Literatura” e a escolha não poderia ser melhor, diante de uma heroína da literatura, com uma linda história que vale a pena ler e pesquisar mais sobre essa grande mulher. Eu fiquei "Maravilhada"!

Raquel de Queiroz a história da mulher que mais se destacou na literatura.
Rachel era filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da família de José de Alencar.
Em 1917, após uma grande seca, muda-se com seus pais para o Rio de Janeiro e logo depois para Belém do Pará. Retornou para Fortaleza dois anos depois.
Em 1925 concluiu o curso normal no Colégio da Imaculada Conceição. Estreou na imprensa no jornal O Ceará, escrevendo crônicas e poemas de caráter modernista sob o pseudônimo de Rita de Queluz. No mesmo ano lançou em forma de folhetim o primeiro romance, História de um Nome.
Aos vinte anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar O Quinze (1930), romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria. Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise psicológica de seus personagens, destaca-se no desenvolvimento do romance nordestino.
Começa a se interessar em política social em 1928-1929 ao ingressar no que restava do Bloco Operário Camponês em Fortaleza, formando o primeiro núcleo do Partido Comunista Brasileiro. Em 1933, começa a dissentir da direção e se aproxima de Lívio Xavier e de seu grupo em São Paulo, lá indo morar até 1934. Milita então com Aristides Lobo, Plínio Mello, Mário Pedrosa, Lívio Xavier, se filiando ao sindicato dos professores de ensino livre, controlado naquele tempo pelos trotskistas.
Depois, viaja para o norte em 1934, lá permanecendo até 1939. Já escritora consagrada, muda-se para o Rio de Janeiro. No mesmo ano foi agraciada com o Prêmio Felipe d'Oliveira pelo livro As Três Marias. Escreveu ainda João Miguel (1932), Caminhos de Pedras (1937) e O Galo de Ouro (1950).
Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista. Exemplares de seus romances foram queimados. Em 1964, apoiou a ditadura militar que se instalou no Brasil. Integrou o Conselho Federal de Cultura e o diretório nacional da ARENA, partido político de sustentação do regime.
Lançou Dôra, Doralina em 1975, e depois Memorial de Maria Moura (1992), saga de uma cangaceira nordestina adaptada para a televisão em 1994 numa minissérie apresentada pela Rede Globo. Exibida entre maio e junho de 1994 no Brasil, foi apresentada em Angola, Bolívia, Canadá, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, sendo lançada em DVD em 2004.
Publicou um volume de memórias em 1998. Transforma a sua "Fazenda Não Me Deixes", propriedade localizada em Quixadá, estado do Ceará, em reserva particular do patrimônio natural. Morreu em 4 de novembro de 2003, vítima de problemas cardíacos, no seu apartamento no Rio de Janeiro, dias antes de completar 93 anos.
Durante trinta anos escreveu crônicas para a revista semanal O Cruzeiro e com o fim desta para o jornal O Estado de São Paulo.
PENSAMENTOS E FRASES DE RACHEL DE QUEIROZ

"A gente nasce e morre só. E talvez por isso mesmo é que se precisa tanto de viver acompanhado."

"Fala-se muito na crueldade e na bruteza do homem medievo. Mas o homem moderno será melhor?"

"Quando se houverem acabado os soldados no mundo - quando reinar a paz absoluta - que fiquem pelo menos os fuzileiros como exemplo de tudo de belo e fascinante que eles foram!"

"Falam que o tempo apaga tudo. Tempo não apaga, tempo adormece."

"Gosto de palavras na cara. De frases que doem. De verdade ditas (benditas!). Sou prática em determinadas questões: ou você quer ou não."

"Fui tomar satisfação a meu pai sobre esses assuntos do céu: "O povo diz que o céu é la em cima e o inferno é lá embaixo. Mas se a Terra é redonda e tem céu em toda a volta, onde fica o inferno?". Meu pai, meio agnóstico, meio crente, me deu uma palmadinha carinhosa e se saiu: "O inferno é aqui mesmo. Vá brincar!"

"Ah... O mar.. Espécie de céu líquido, também sem fim."

"Quem com ferro fere... " E o perigoso bicho homem também já vai virando animal em extinção; é o que acontece com todos os grandes carniceiros: já quase não existem leões no deserto, nem tigres de Bengala; e o mesmo sucederá conosco, que somos os mais ferozes de todos os predadores."

"Distante, do RIo, me sinto um pouco traidora. Como uma espécie de avó que não assiste o próprio parto da filha, não escuta o primeiro choro do neto. Minha obrigação era estar lá, espiando o céu, junto com os outros, interpretando o barulho dos trovões, ou se não houver trovões, apurando o olhar e o ouvido para detectar por outros indícios a tristeza ou a esperança."
Rachel de Queiroz


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Curiosidade rural - Gabiroba

Olá, meus queridos amigos.
Hoje vou falar sobre uma curiosa frutinha que é a gabiroba.
Curiosidades da gabiroba.
Nome popular: Gabiroba e guavira
Nome científico: Campomanesia spp
Família botânica: Myrtaceae
Vegetação de ocorrência: Cerrado, cerradão e campo sujo
Características da planta: Arbusto com 60 a 70 centímetros de altura.
Normalmente ocorre em moitas.
Flores pequenas de coloração creme-esbranquiçada.
 

  Você sabia?
  • A gabiroba é uma espécie que tem boas perspectivas de produção comercial nos Cerrados. Uma tecnologia de extração química desenvolvida na região permite a obtenção rápida de sementes de excelente qualidade, eliminando-se a mucilagem.
  • Além do consumo in natura, a gabiroba pode ser aproveitada na forma de sucos, sorvetes e doces, como geleias. Pode servir ainda de matéria-prima para licor.
  • À semelhança da mangaba, as sementes da gabiroba perdem rapidamente o poder germinativo. Por isso, devem ser semeadas logo após a sua extração dos frutos. Pode ser cultivada em canteiros.
  • Ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, o lobo-guará não é um voraz comedor de galinhas. Seus principais alimentos são frutos em  especial a gabiroba. As crianças podem entender mais sobre o funcionamento cadeia alimentar com esse jogo criado pelo Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais.
  • A cuíca, marsupial que é muitas vezes confundido com o gambá, é um grande preservador da gabiroba. Capaz de percorrer 500 metros por noite na mata, o animal espalha, junto com as fezes, as sementes das frutas que ingeriu. Com uma vantagem: essas sementes passaram pelo trato intestinal do animal e tornaram-se aptas para a germinação. Saiba mais sobre o assunto na matéria 'Os jardineiros da floresta' da revista Galileu.
  • A planta tem também efeitos terapêuticos. Suas cascas e folhas, preparadas por infusão, são adstringentes e usadas contra diarreia mucosa e catarro da bexiga.
  • Os frutos da gabiroba são arredondados, de coloração verde-amarelado. A polpa é amarelada, suculenta, envolvendo numerosas sementes. Colhida entre setembro e novembro, a partir de um a dois anos após o plantio, a produção é de 30 a 50 frutos por planta.
Da redação Globo Rural.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
Ferreira Gullar

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Dica culinária - quibe

No dia 12 de dezembro de 2011, postei uma receita de quibe, do jeito que faço sempre, mas hoje vou dar uma dica legal para quem gosta da massa mais ligadinha e mais prática.


Coloque água bem quente no triguilho e deixe por alguns minutos até que absorva.
                                       Quibe cru

Acrescente todos os temperos: cebola picadinha, hortelã, sal, noz moscada ou pimenta com cominho, um pouquinho de canela em pó, caldo de meio limão, acrescente 1/2 kg de carne moída e amasse bem.
Se quiser, acrescente um pouco de azeite.
A massa fica bem ligadinha e ótima para enrolar os quibes.

Não tenho feito receitas novas, mas o "Cantinho da Culinária" tem 95 ótimas sugestões, todas testadas e aprovadas por mim. Deem uma "espiadinha" de vez em quando, pois vale a pena.
Espero que tenham gostado da dica.
Abraços da amiga Janete
"Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito bela para ser insignificante".
Charles Chaplin


sábado, 19 de outubro de 2013

Salve o" Poetinha"

Hoje, especialmente o Cantinho da Literatura está homenageando os 100 anos do inesquecível Vinícius de Moraes e nada melhor do que recordá-lo com essas duas músicas maravilhosas, das mais de cem da sua autoria, e que se eternizaram, assim como o seu compositor.



 Aquarela


Compositor: Vinicius De Moraes / Toquinho / Guido Morra / Maurizio Fabrizio 

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva


Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul


Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando,
é tanto céu e mar num beijo azul


Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
e se a gente quiser ele vai pousar


Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo


Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar


Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
depois convida a rir ou chorar


Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá


Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)
e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (e descolorirá)


Eu Sei Que Vou Te Amar

Vinicius de Moraes


Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida, eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar


E cada verso meu será
Pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida


Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua, eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta tua ausência me causou


Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
"Leiam no Cantinho da Literatura, as homenagens a Vinícius de Moraes"
òtimo final de semana para vocês.
Abraços da amiga Janete