domingo, 21 de outubro de 2012

Aniversário de Geane


De repente, 10 anos!!!!
Que felicidade! Não foram dez dias, não foram dez meses, mas foi uma jornada de  esforço, sacrifício e muito amor. Um amor incondicional, onde estava presente a cada dia desse tempo, à frente de todas as lutas para o seu melhor; na condição de uma mãe que foi agraciada com as bênçãos de Deus, ao conceber essa vida que hoje ela está comemorando, com os dez anos de Geane, sua filha amada.
Uma história de vida que eu, como amiga acompanhei desde os primeiros momentos e que também tive a alegria de receber o convite para batizar essa menina que tenho muito carinho e amor. A nossa amizade se fortaleceu e tenho meus amigos Neusa e Gilvan como meus compadres e, claro, eu não poderia deixar passar essa oportunidade de fazer uma homenagem a essa família, registrando os melhores momentos dessa linda festa.
Geane, a aniversariante
A linda decoração da festa:

Os queridos convidados: tios, primos, madrinha e amigos.
Os pais de Geane, com a "dinda" Janete
E agora, os convidados mais que especiais: A galera.
Muitos primos e amiguinhos.
                                 
 E vai rolar a festa!!!!!
Os garçons amigos e a brincadeira da garotada com os seus animadores.
Gente, foi muito legal!!!
Pula- pula, dança com balões (haja fôlego!!), dança com as cadeiras, músicas legais com dj e muito mais...
Sem contar com as deliciosas guloseimas: algodão doce, pipoca, cachorro quente, salgadinhos e muito refrigerante.
 Ufa!!!!Cansamos...
Uma pausa para cantar os parabéns e se deliciar com os docinhos, bombons e muita bala. Que festa maravilhosa!
                 
                                   
 Aos colaboradores, o agradecimento de todos.
 Em nome dos meus amigos Neusa e Gilvan e da minha afilhada Geane, quero agradecer a presença dos tios, primos e amigos nesse evento
A você, Geane, desejo que esse dia permaneça presente em sua vida como uma linda recordação desse tempo de alegria. Essa festa representou a certeza de que vale a pena viver cada fase em sua essência; é muito bom ser criança. Criança que brinca; estuda, respeita os pais e que sonha com a adolescência que está perto de acontecer, à beira de realizar os sonhos com a  perseverança nos projetos traçados por você e por Deus que estará presente em todos os momentos de sua vida. Viva esse momento da sua infância, com tudo que você tem direito. Que tenha muita saúde e esperança.
Que possamos comemorar muitos aniversários juntos com você.
Meu abraço carinhoso e o meu sincero agradecimento a Deus pela sua existência.
Beijos da sua dinda Janete
"As lágrimas? não as seque, elas precisam correr na minha, na sua, em todas as faces"
"O sorriso? Esse, você deve segurar, não o deixe ir embora, agarre-o!"
"Persiga um sonho, mas, não o deixe viver sozinho."
"Abasteça seu coração de fé, não a perca nunca."



































                       














Geane a aniversariante

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Francisco Azevedo




Olá, meus queridos amigos e leitores.
Sabem que gostei dessa ideia do Cantinho da Literatura?
A cada semana, fico ansiosa para pesquisar um pouco sobre os nossos fantásticos escritores brasileiros; são tantos, que fica difícil selecionar um e outro para ser homenageado no nosso blog da amizade e o mais interessante é que temos um encontro marcado às quintas feiras e a ansiedade vem junto com a expectativa, pois não sei se vai agradar; mas para quem gosta de boa leitura, sei que vai gostar dessa sugestão; hoje vou falar sobre outro gênio da literatura; que é Francisco Azevedo, e vocês que também não o conhecem, vão perceber na preciosidade de um trecho do seu livro mais famoso que é “Arroz de Palma” e depois, com certeza vocês vão fazer uma pesquisa mais completa sobre esse livro magnífico, voltado para as famílias.
A braços da amiga Janete
Francisco de Azevedo
*Dramaturgo, roteirista cinematográfico, poeta e ex-diplomata, Francisco José Alonso Vellozo Azevedo nasceu no Rio de Janeiro em 23 de fevereiro de 1951. Começou a se dedicar à literatura em 1967, quando venceu concurso promovido pela Organização dos Estados Americanos (OEA).
Além de livros e peças de teatro encenadas no Brasil e no exterior, Francisco Azevedo já escreveu para mais de 250 produções, incluindo roteiros de longa e curta-metragem, documentários e multimídias premiados e comerciais de televisão. Em 2009, O Arroz de Palma, seu romance de estreia, ficou entre os dez finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura.

Sobre o Livro
Primeiro romance a tratar da imigração portuguesa para o Brasil no século XX, “O arroz de Palma”,do dramaturgo e roteirista Francisco Azevedo, narra a saga de uma família em busca de um futuro melhor, superando diversas dificuldades.
A obra começa com Antônio, filho de José e Maria, aos 88 anos, preparando o almoço que será servido à família, finalmente reunida após muito tempo. Enquanto combina os ingredientes, vão se misturando em sua mente as histórias que Tia Palma, irmã de seu pai, lhe contava. Mitologias familiares, que gravitam em torno desse arroz e também em torno das dificuldades em se largar uma terra amada por um futuro duvidoso.
No casamento dos pais, em Viana do Castelo, norte de Portugal, seguindo a tradição, o casal saiu da igreja sob uma chuva de arroz. Recolhido por Palma, esses 12 quilos de arroz foram acompanhando a família, sendo fundamentais em vários momentos. Como quando, para tratar da infertilidade da cunhada e do irmão, Palma dá a ele um laxante e depois prepara uma canja com esse arroz. O mesmo que ela presenteia ao sobrinho Antônio no dia de seu casamento. Uma união selada num almoço em que a família serviu esse arroz com bacalhau.
Francisco Azevedo narra em O arroz de Palma, seu primeiro romance, um século da saga de uma família portuguesa imigrante.
O tema da travessia e adaptação é recorrente na literatura brasileira, mas ao investigar especificamente a chegada de portugueses, não o colono, mas o que vem para trabalhar, Azevedo investe numa temática inédita. "Este meu romance de estréia fala da saga de uma humilde família portuguesa que chegou ao Brasil cheia de sonhos e projetos e que, transplantada neste solo, aprofundou raízes, cresceu e deu frutos. Fala de minhas próprias raízes. Fala, portanto, de mim e dos meus", disse Azevedo. O romance é marcado por uma escrita lírica, delicada, em que os momentos de reflexão do narrador, um senhor de 88 anos que prepara um grande almoço para toda a família, são entremeados por recordações deste século de família no Brasil. Embora as mudanças sociais e culturais do país possam ser percebidas no romance, é dentro da família que o autor maneja as transformações para amplificá-las: "O livro fala de família. A própria família. Considerada falida nos anos 1960 e condenada ao desaparecimento, a família situa-se, agora, neste início do século XXI, como a mais sólida das instituições. Surpreendente? Nem tanto." Por meio das memórias do narrador, o octagenário Antonio, Francisco Azevedo maneja com esmero os diálogos, marca registrada em suas aclamadas peças teatrais como Unha e carne e Coração na boca, entre outras. Antes de O arroz de Palma, Azevedo publicou dois livros de poesia e prosa poética, Contra os moinhos de vento, 1978, e A casa dos arcos, de 1984. Posteriormente o autor se dedicou aos roteiros cinematográficos, de ficção e documentários, e peças teatrais. 



O Arroz de Palma
Francisco Azevedo
"Família é prato difícil de se preparar."

Trechos do livro "O Arroz de Palma" de Francisco Azevedo
"Família é prato difícil de se preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema...
Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir...
Mas a vida...
Sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite.
O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade.
Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante.
Aquele, o que foi morar longe.
Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente... Já estão aí? Todos? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar.
Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto: é um verdadeiro desastre.
Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido . Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada. O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe família à Oswaldo Aranha; família à Rossini; Família à Belle Maniére; Família ao Molho Pardo (em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria).
Família é afinidade, á à moda da Casa. E cada casa gosta de prepara a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha.
Seja como for, família é prato que se deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.  
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança.
Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.
Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete."

"Deus é grande demais para que o possamos conhecer; o número de seus anos é incalculável. Atrai as gotinhas de água para transformá-las em chuva no nevoeiro, as nuvens se espalham, e as destilam sobre a multidão dos homens. Quem pode compreender como se estendem as nuvens, o estrépido de sua tenda?"
 Jó 36-26, 27, 28, 29.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Torta de coco


Estão lembrados da reunião da família Milanez?
Essa torta foi uma das sobremesas e oferecida pela minha cunhada Carminha; como ficou deliciosa, aproveitei para oferecer às minhas visitas nesse feriado.
Tenho certeza que vocês também vão gostar.
Abraços da amiga Janete
 
Ingredientes:
03 latas de leite condensado
03 latas de leite de vaca
08 gemas
100 g de coco ralado
 Modo de fazer:
Bate tudo no liquidificador e coloque no forno em banho Maria, deixe por + ou - 1:30h.
Bate as 08 claras em neve e acrescente 08 colheres de açúcar; coloque por cima e leve ao forno por mais 04 minutos para dourar as claras.
Sirva gelada.

OBS: Se preferir pode diminuir a quantidade de claras, pois rende muito.
 
"Aprender a olhar e ouvir o outro só pode acontecer quando o indivíduo cultiva o hábito de aprender a olhar e ouvir a si mesmo”.

domingo, 14 de outubro de 2012

Arroz de Bacalhau do Bernardinho


Olá meus amigos
É sempre prazeroso receber visitas; pessoas queridas, que vêm nos visitar com carinho e alegria; e nesse dia especial existe uma tarefa importante de escolher um prato especial para servir.
Eu decidi fazer esse arroz de bacalhau para oferecer às visitas e também a vocês, pois toda receita nova, faço pensando nos amigos e leitores desse blog.
Graças a Deus, acertei em “cheio”, pois ficou saboroso  e sem mistério; como vocês vão conferir na receita abaixo.


Ingredientes:
Meia xícara (chá) de azeite
02 cebolas cortadas em tiras
02 dentes de alho amassados
03 tomates picados com pele e sem sementes
01 vidro de palmito picado (300g)
01 lata de ervilhas
01 lata de milho verde
Meio kg de bacalhau dessalgado, cozido e em lascas
04 xícaras (chá) de arroz cozido
150 g de azeitonas pretas sem caroço picadas (reservar algumas para enfeitar)
01 xícara (chá) de salsinha picada
Azeite para untar
Queijo ralado o suficiente para polvilhar
02 ovos cozidos cortados em 4 partes
Salsinha picada a gosto para decorar

Modo de fazer:
Numa panela em fogo médio aqueça o azeite e refogue as cebolas cortadas em tiras e os dentes de alho amassados por 5 minutos ou até o alho dourar.
Junte os tomates picados com pele e sem sementes, o vidro de palmito picado (300g), a lata de ervilhas, a lata de milho verde, o bacalhau dessalgado, cozido e em lascas e cozinhe por mais 5 minutos, mexendo vez em quando.
Acrescente na mistura acima o arroz cozido, as azeitonas pretas sem caroço picadas (reservar algumas para enfeitar) e a salsinha picada. Misture muito bem e transfira para um refratário untado com azeite.
Polvilhe queijo ralado a gosto, decore com os ovos cozidos cortados em 4 partes e polvilhe salsinha picada. Leve ao forno por 5 minutos, apenas para derreter o queijo parmesão.
Sirva a seguir.
OBS: Nessa receita eu não usei o milho verde (por opção).
Foi preparada com muito carinho para os meus queridos visitantes Maria Lúcia, Ivan, Toni, Gisele, Rafael e João Pedro e, claro, para o meu esposo e meus filhos.
Espero que tenham gostado e que façam essa receita que com certeza, vocês também vão acertar
na sugestão.
Abraços da amiga Janete

A sabedoria superior. 
Seja um eterno aprendiz na escola da vida.
A sabedoria superior tolera, a inferior julga;
A superior alivia; a inferior culpa;
A superior perdoa, a inferior condena.
Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Dia das crianças


Você criança que vive a correr
É a promessa que vai acontecer...  é a esperança do que poderíamos ser... é a inocência que deveríamos ter...
Você criança, de qualquer idade, vivendo entre o sonho e a realidade espargem pelas ruas da cidade, suas lições de amor e simplicidade!
Criança que brinca, corre, pula e grita mostra ao mundo, quando se deve viver cada momento,
Feliz, como quem acredita em mundo melhor  que ainda vai haver!
Você é como um raio de luz a iluminar os nossos caminhos, assemelhando-se ao  Menino Jesus, encanta-nos  com todo teu carinho.
Você é a criança, que um dia vai crescer!
É a promessa que um dia vai  se realizar!
É a esperança da humanidade se entender!
É a realidade que o adulto precisa ver... e também aprender a ser... E lembrando, no dia das crianças e no dia de Nossa Senhora Aparecida:
Dai-nos a bênção, ó Mãe querida, Nossa Senhora Aparecida!
Dai-nos a bênção, ó Mãe querida, Nossa Senhora Aparecida!
Essa é a mensagem do Padre Marcelo Rossi, para o dia das crianças e Nossa Senhora Aparecida.
Um ótimo e abençoado feriado a todos.
Abraços da amiga janete

Bata em tons de verde




 Crochê

Bata casual com linha Anne, em tons de verde
Tamanho G - R$ 80,00 

"Nunca mais direi “não tenho”,
Porque “o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em
Cristo Jesus, cada uma de minhas necessidades”. (Filipenses 4:19).


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Chico Anysio


Olá meus queridos amigos. Hoje é a vez de falar um pouco sobre esse gênio que além de ator, humorista e diretor, poucos sabem que ele é também escritor e pintor e para nós que, mesmo conhecendo tanto esse artista, sabemos tão pouco dele. Com o resumo de sua biografia e alguns dos muitos personagens, vamos relembrar e matar um pouco a saudade desse homem que foi muito especial para todos nós.
Abraços da amiga Janete.

CHICO ANYSIO
(Ator, humorista ,diretor)
1931- 2011

 

 

Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho é filho de Francisco Anysio, um dos homens que foi dos mais ricos do Ceará, e de dona Haideé Viana de Oliveira Paula. Sua mãe era “especialíssima”, e embora tendo um problema grave no coração, morreu aos 89 anos de idade. O pai tinha uma enorme empresa de ônibus, que um dia pegou fogo, e ele foi dormir rico e acordou pobre. Chico Anysio nasceu na cidade de Maranguape, no dia 12 de abril de 1931. O pai de Chico foi casado quatro vezes e teve 17 filhos, dos quais só uma morreu. Aos oito anos o garoto foi com a família para o Rio de Janeiro e já começou a imitar as pessoas, e para ir ao cinema ou ao futebol, economizava o dinheiro do bonde, indo a pé para o colégio. Com 14 anos começou a ir aos programas de calouros do Rio e depois de São Paulo, e ganhava todos. A ponto de não o aceitarem mais. Foi ao “Programa Ary Barroso”, à “Hora do Padre”, ao “Trabuco”do Vicente Leporace, em São Paulo. E logo Renato Murce o aproveitou para um show. Ia fazer suas imitações nos clubes do Rio e ganhava seus cachês. Estudou para ingressar na Faculdade de Direito, passou, mas não cursou. Foi contratado para o rádio e depois de 15 dias, já tinha quatro profissões: era ator, locutor, redator e comentarista esportivo. Gostava de tudo e fazia tudo perfeitamente bem. Era a Rádio Guanabara. Foi galã de novelas, mas logo preferiu a linha de shows e de comédias, ao lado de Grande Otelo, Chocolate, Luiz Tito. E foi se multiplicando, sem nem mesmo ele saber como. Chegou um momento, porém, já na televisão, que achou que devia escolher uma estrada para ele. E escolher ser “vários”. Decidiu fazer vários personagens. E isso passou a ser o seu “diferencial”. Pensava: “Se um personagem cansar, ele sai, e fica outro. Foi ele que cansou, não eu”. Às vezes eram tão diferentes umas das outras, que nem mesmo ele entendia. Chegou a fazer 207 personagens na televisão. Seu começo nesse veículo de comunicação foi em 1957, fazendo o “Professor Raimundo”, na TV Rio. Tinha estado por muito tempo na Rádio Mayrink Veiga, sempre com sucesso. Na TV Rio, sob a direção de Walter Clark, o sucesso continuou. Como não havia video-teipe, ia de avião para São Paulo, e lá também fazia sucesso. Mas aconteceu de ver rejeitados alguns personagens seus, que mais tarde explodiram de tanto sucesso, como o “Coronel Limoeiro”, o “Quem-Quem”. E aí veio o video-teipe. Como já havia abandonado o rádio, dedicou-se então mais à televisão. Continuava, porém, escrevendo para o rádio. E seus personagens para a televisão ele mesmo escrevia. Só mais tarde foi tendo redatores, como o Antônio Maria, o Aloísio Silva Araujo, Max Nunes. Esteve na Record, e dentro do programa: “Essa Noite se Improvisa”, ganhou três carros, várias geladeiras, era enfim do primeiro time. Esse era um programa de Blota Junior, em que o apresentador dizia uma palavra e os concorrentes tinham que cantar uma música com aquela palavra. Chico ganhava quase todas. Quando esse programa mudou de estilo, Chico Anysio pediu demissão. Após sua saída da Record, foi para o Reio estrear o Teatro da Lagoa. Era o ano de 1969, e aí foi também convidado para ir para a TV Globo. Conheceu o Boni, que nele confiou totalmente, e a quem reverencia até hoje, como sendo o homem que mais entende de televisão. Foram 16 anos de grandes programas. Fez: “Chico Anysio Show”, “Chico City”, “Estados Unidos de Chico City”, “Chico Total”. Em todos eles apareceram seus tipos imortais, como os citados àcima e mais a “Salomé”, o “Painho”, o famoso “Profeta”, e tantos outros. Francisco Anysio se tornou o número um, entre os comediantes do Brasil. Mas aí teve uma queda e fraturou a mandíbula. Ficou um tempo com a dicção praticamente imobilizada. Foi para os Estados Unidos e sua recuperação aconteceu lentamente. Voltou com a “Escolinha do Professor Raimundo” e mais recentemente com “Zorra Total”, em que faz vários tipos famosos. Casado seis vezes, o comediante tem oito filhos, sendo um adotado. Este é seu empresário. Os outros, que são adultos, também estão ligados à arte. Tem dois filhos pequenos, de seu casamento com Zelia Cardoso de Melo, que moram nos Estados Unidos. Só a caçula é mulher e seu nome é Vitória. O pai viaja para vê-los, pelo menos uma vez ao mês. Chico Anysio ainda é escritor. Tem quinze livros lançados e doze à serem editados. E é pintor. Faz uma média de 300 quadros por ano, e está na fase “Marinha”. Vende seus quadros, vende seus livros, e consegue sucesso em tudo o que faz. Trabalhador incansável, dorme apenas quatro horas por noite e, sua explicação para tanta vitória, é o que um amigo lhe disse: ” Não sou ator. Sou Médium”. Essa afirmação ele faz, num tom entre a brincadeira e a reflexão, e se pode ver em seus olhos, uma luz de gratidão, pois nem Francisco Anysio consegue explicar o inexplicável, que é Chico Anysio.

 
Algumas frases marcantes ditas por Chico Anysio:

"O brasileiro só tem três problemas: café, almoço e jantar."

Sobre a pobreza no Brasil

"Quem é casado há quarenta anos com dona Maria não entende de casamento, entende de dona Maria."

Explicando, em entrevista à revista "Veja", que se considera um especialista em casamentos, uma vez que teve seis

"Ninguém ama igual duas vezes, mas os erros de um casamento são muito parecidos."

À revista "Veja", sobre o que aprendeu com seus casamentos

"A felicidade é uma ilusão, e eu sou um realista."

À revista "Rolling Stone", sobre sua filosofia de vida

"Não tenho medo de morrer; tenho pena, porque são tantas as ideias para realizar."

À revista "Caras", explicando que não tem medo de morrer, uma vez que a morte é inevitável

"As mulheres estão descobrindo que mulher é bom - coisa que os homens já sabem há séculos."

Sobre a homossexualidade entre as mulheres

"No Brasil de hoje, os cidadãos têm medo do futuro e os políticos têm medo do passado."

Sobre a desonestidade no mundo da política

"Se estivesse desencantado da vida, acordar seria um tormento; sou apaixonado pela vida e agradecido pelo que me foi dado."

 Memória
As frases e os bordões de Chico Anysio

O humorista interpretou mais de 200 personagens ao longo de sua carreira e criou diversos bordões incorporados à memória do país
Chico Anysio (Oscar Cabral)
 Com mais de 200 personagens criados ao longo da carreira, o humorista Chico Anysio inseriu diversos bordões na fala dos brasileiros. De um tempo em que nem se conhecia a expressão "politicamente correto", o ator cunhou expressões cheias de sagacidade e inteligência para debochar de grupos, rir de situações e eternizar figuras como o severo professor Raimundo, o decadente vampiro caipira Bento Carneiro e o deputado corrupto Justo Veríssimo.
Fora das telas, Chico Anysio ainda refletia sobre a vida e a morte. "Não tenho medo de morrer, tenho pena, porque morrendo não vou ver meus netos crescerem", disse, em entrevista ao programa Fantástico, durante uma homenagem. O ator também disse ter se arrependido de ter fumado por quarenta anos em sua vida.
‘Aff, tô morta!!’
Painho era o pai de santo mais famoso do Brasil
'Eu quero que o pobre se exploda'



O deputado corrupto Justo Veríssimo odiava os pobres
'E o salário, ó!'
Professor Raimundo era bastante severo com seus alunos da Escolinha do Professor Raimundo
'Pra quem ri di eu, minha vingança sará maligrina!'
O vampiro brasileiro Bento Carneiro era decadente, vivia em um castelo mal cuidado e tinha sotaque caipira
'Eu faço a cabeça do João Baptista ou não me chamo Salomé'
Salomé, uma senhora gaúcha, era amiga do presidente da República da época, João Baptista Figueiro, e sempre conversava com ele pelo telefone
'Não garavo'
O ator Alberto Roberto era um canastrão. Com péssima dicção e incapaz de decorar suas falas, recusava constantemente os papéis que lhe ofereciam.
'Mas, hein?'
Jogador de futebol Coalhada se achava um craque, mas, na verdade, era um verdeiro perna de pau.
'Eu trabalho na Globo'
O funcionário da Globo, Bozó gostava de se dizer influente na diretoria da emissora para impressionar as pessoas.
'É mentira, Terta?'
Mentiroso nato, o Coronel Pantaleão se aproveitava da submissão de sua mulher, Terta, para usá-la como testemunha para confirmar suas invenções
Esses foram uns das centenas de personagens criados pelo Chico Anysio; dá uma saudade, não é mesmo? Mas ele está em muitos programas, em muitas homenagens e será com certeza, inesquecível.
 "Minha oração subiu até Deus, meus olhos choram diante dele.
Que ele mesmo julgue entre o homem e Deus, entre o homem e seu semelhante!
Pois meus anos contados se esgotam, entro numa vereda por onde não passarei de novo."
Jó 16-20, 21, 22