Olá, meus queridos amigos. Já chegamos no mês de agosto; rápido, não é mesmo?
Então, melhor do que a preocupação com esse tempo que passa tão depressa, é parar um pouco e buscar inspiração, viajando e sonhando com lindas poesias, como essas da nossa querida Sônia Schmorantz
Domingo frio,
quase agosto,
Os sinos anunciam
a hora da missa,
Embalando as
nuvens carregadas,
Que andam
vagarosas no céu.
No ar sombrio da
tarde
O toque do sino é
melodia,
Enquanto a chuva
fina
É uma pálida
cortina.
Chega o agosto,
cheio de frio,
Na rua silente,
sem caminhantes,
A voz do sino é um
soluço,
Misturado ao
silêncio da tarde.
Bradam os ventos
contra as pedras,
Revoltam-se as
ondas do mar,
O olhar afunda-se
para além da janela,
Numa complacente
espera sem sentido.
Estaria o sino chorando,
Ou fazendo uma
prece?
Sônia Schmorantz
O inverno trouxe
de volta
o pouso de brancas
gaivotas.
Voando reunidas,
como bando de
náufragos,
recurvam-se ao sol
na rota entre céu e mar,
pairando com graça
sobre a vida.
Asas inquietas
como sonhos ao vento,
são vertentes de
poesia
num impulso sobre
o mar.
Infinito poema de
amor,
palavras/asas
seduzidas pelo vento,
unidas no vagar da
vida,
como um grito de
gaivota...
Sônia Schmorantz
Um feliz mês de agosto para vocês
Abraços da amiga Janete
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