quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Flora Figueiredo






A pedidos


Querem um verso,

Mas não sou capaz.

Vejo a palavra fraturar

As entrelinhas,

Tento soldá-las,

Mas não são minhas.

Rompeu-se o verbo


E me deixou pra trás.



FLUTUAÇÕES


O sonho aprendeu a pairar bem alto,

Lá onde o sobressalto nem sequer nasceu.

Namorou a trôpega ilusão,

Até que trêfego e desajeitado,

Desprendeu-se de seu reino idealizado,

Veio pousar tamborilante em minha mão.

Assim, aquecido e aconchegado,

Parece que se esqueceu de ir embora.

Na hora em que ressona distraído,

Eu lhe pingo malemolências ao ouvido,

À sua inquietação eu me sujeito.

Eis que o sonho dorme agora aqui comigo,

Seu corpo repousa no meu peito.

Olá, meus queridos amigos.

Essa foi mais uma homenagem à querida 

escritora Flora Figueiredo, no nosso "Cantinho

 da Literatura

 Abraços da amiga Janete


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