quinta-feira, 28 de maio de 2015

Belo Belo

Olá, meus queridos amigos.
Vocês têm consultado o "Cantinho da Literatura"?
Em março de 2013, falei sobre esse conhecidíssimo escritor brasileiro, Manuel Bandeira, e algumas de suas poesias; hoje, voltei com mais um poema que ele nos deixou para refletirmos sobre a verdadeira beleza da vida: a simplicidade.
Belo Belo
"Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero

Tenho o fogo de constelações extintas há milênios.
E o risco brevíssimo - que foi? passou
de tantas estrelas cadentes.

A aurora apaga-se,
E eu guardo as mais puras lágrimas da aurora.

O dia vem, e dia adentro
Continuo a possuir o segredo grande da noite.

Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero.

Não quero o êxtase nem os tormentos.
Não quero o que a terra só dá com trabalho.

As dádivas dos anjos são inaproveitáveis;
Os anjos não compreendem os homens.

Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater.
Não quero ser soldado.

- Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples."
Manuel Bandeira
Até a próxima semana, com mais uma poesia para refletir, sonhar, viajar...
Abraços da amiga Janete

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