quinta-feira, 30 de abril de 2015

Soneto a Quatro Mãos

Olá, meus queridos amigos.
Como prometi na semana passada, estou de volta com mais um poema para vocês. Espero que curtam e se inspirem.
Abraços da amiga Janete

"Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito.
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito.
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano."

Paulo Mendes Campos e Vinícius de Moraes




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