Olá, meus queridos amigos.
O dia das crianças está se aproximando e quero deixar uma sugestão para a garotada; afinal, nada melhor do que uma linda viagem em leituras inteligentes, inovadoras e motivadoras para o desenvolvimento e crescimento cultural da criançada e esse jovem escritor é um grande incentivador para uma boa aventura nas suas histórias encantadoras.
Um pouco que li sobre esse escritor e ilustrador, fiquei encantada e foi suficiente para sentir uma grande vontade e necessidade de homenageá-lo no nosso "Cantinho da Literatura".
Pesquisem mais. Tenho certeza que vocês também vão se encantar...
Abraços da amiga Janete
Conhecendo um pouquinho de André Neves...
Faz tempo que confabulo imagens. Algumas ficam na imaginação, outras, saem para os livros. Nem sei quantos. Sou pura imagem. Risco e rabisco. Só sei ser assim. Como se alma ilustração, fosse. Um borrão desenhando pelo tempo. Um pouco pernambucano um pouco Gaúcho. Confabulando na vida muitas histórias.
- André Neves nasceu em Recife e mora em Porto Alegre. Formado em Relações Públicas, começou a estudar Artes Plásticas em 1995. Desde então, atua como escritor e ilustrador de suas obras e de outros autores. É arte-educador e promove palestras e oficinas sobre Literatura Infantil e Juvenil. Participou do curso de ilustração para infância em Sarmede, na Itália. Em 2002, seu trabalho como ilustrador do livro “Sebastiana e Severina” foi selecionado para a mostra itinerante “XX Mostra Internazionale d’Illustrazione per I’infanzia Stepan Zavrel”.- Neves é um dos mais renomados ilustradores de literatura infantil e juvenil da atualidade. Há quase dez anos atua como ilustrador, lançou mais de 50 obras; foi indicado ao Prêmio Jabuti e recebeu o Prêmio Luís Jardim na categoria Melhor Livro de Imagem com Seca. Sua obra mais recente é Maria Peçonha para a qual fez texto e imagens.
- Teve um bom contato com a literatura infantil desde criança porque sua mãe era professora. Quando estudou Relações Publicas estagiou no espaço Pasárgada (patrimônio cultural tombado pelo estado de Pernambuco), casa onde nasceu o poeta Manuel Bandeira. Foi então que teve oportunidade de reencontrar a literatura e sentir de perto a mágica do surgimento de um livro. Descobriu também a ilustração. Depois de um tempo foi para São Paulo. Chegou à Bienal Internacional do Livro para descobrir tudo de perto. Levou também alguns desenhos e foi aí que tudo começou.
“Ilustrar para crianças é muito mais do que desenhar bem, é sentir.”
"A nossa vida ? É como as ondas, tanto estão altas e superam os outros, como lhes rastejam aos pés ..."
"Por vezes não é fácil ser olhado nos olhos, porque neles pode estar a sentença de uma alma ..."
"A andorinha também viaja, procura o calor, procura o bom tempo, procura a alegria .. mas depois volta sempre."
André Neves
Sinopse - Um pé de vento - André Neves
O amor poderá ser vento ou invenção?
E um cata-vento também cata coração de menina? De onde virá o nome de cristal
e hinos que pregará o amor nos olhos da menina?
Desde a primeira vez que a viu, Íris não mais se separou da árvore. Com ela passava o tempo sentindo passar o vento, tanta afinidade entre elas: menina e árvore, cada uma com seu temperamento. Surpresa mesmo no dia que vem depois de outro dia e a leve Íris encontra um menino dormindo no silêncio da sombra da árvore que tanto conhecia. E faz um tudo para não despertar o sono que embala o menino e ali ficar apenas olhando. Mas quis o vento, ou a invenção do autor, rodar o cata-vento que ela trazia nas mãos...
André Neves confabula imagens e ritmos,
tanto em sua prosa quanto em sua ilustração, fazendo com que a utopia dos cenários — com flores, caracóis de ventos e texturas tingidas em turquesa, coral, ambarino, magenta, esmeralda e outras cores, ao fundo, — reflua
para o interior de um discurso verbal cuidadosamente enrodilhado com escolhas lexicais reiterativas, tramando efeitos sonoros repetitivos que giram e variam frase a frase. Sobre estes relevos de sons e significados, no redemoinho do próprio texto, como na página ilustrada, parece existir uma coreografia realizada por ambos os personagens como se vivendo um gesto contínuo: “O menino despertou assustado, olhando para baixo, enquanto a menina olhava para cima, vendo o menino acordado.” Isto também provoca embriaguez, especialmente aos ouvidos, fazendo com que certas sensações permaneçam como a duração de um estado poético — e o conjunto de imagens mais rico do texto estaria exatamente na cena em que a menina corre “ao redor da árvore para rodar o vento no cata-vento”, enquanto encostado à árvore, o menino, mesmo parado, gira
“como girassol sentindo o sol que brilhava nos olhos da menina” e “seu coração já rodopiava tão forte quanto o cata-vento na mão da menina”.
Em um texto com espelhos e danças especiais, qual mesmo o nome do amor pregado à menina dos olhos dos olhos da menina?
Um pé de vento - André Neves
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