segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O caminho de volta


Olá meus queridos amigos.
Essa semana vamos começar com uma linda reflexão, com um texto simples e rico em conscientização do que a vida representa de fato, quando na busca de conquistas almejamos conseguir com os sonhos de juventude, por meio de estudos, conhecimentos e trabalho. Tudo isso faz parte dos ciclos da vida e com certeza, em cada etapa, uma vitória nos faz sentir realizados e orgulhosos, quando conseguimos chegar no "topo".
Concluir um curso, conseguir um emprego e colocar em prática nossos projetos, construindo uma família, superando as dificuldades cumprindo a nossa missão de cada ciclo que Deus nos permite concluir.
Parece tudo muito perfeito, mas com tanta ansiedade e dificuldade, não conseguimos prestar atenção nas coisas que nos são mais caras: a tranquilidade, o tempo que não percebemos passar e a atenção que deveríamos dar a esses bens mais caros em nossas vidas: A NOSSA FAMÍLIA.
Assim como esse texto, que relata a maratona de uma esposa e mãe ; de uma profissional que se deixou levar, pela necessidade de conseguir se manter na sociedade e na responsabilidade de suas tarefas, e que, de repente, se viu obrigada a buscar um caminho de volta, buscando recuperar um tempo, que sem se dar conta, roubou a sua paz, e a alegria de viver com mais simplicidade...
Sei que todos temos em comum um capítulo dessa história, mas sei também que nem todos têm o privilégio de "voltar" dessa forma, mas temos sim, um tempo suficiente para refletirmos no que realmente precisamos para prestarmos mais atenção na família que sempre à espera desse tempo, também sonha em fazer parte desse projeto, com mais amor, compreensão e humildade, para viver dias melhores e felizes com atitudes que nos conduzem à maior conquista que todos esperam: manter a paz, a compreensão, a amizade e união no seio familiar e dessa forma, todos sairão vitoriosos, passando por cima do stress, dando as mãos e vencendo juntos as dificuldades do cotidiano.
Penso que dessa forma, o caminho de volta não será tão longo e, quem sabe, já teremos voltado, com um passo à frente do próximo passo que um dia nos fará voltar...
Vamos refletir?
 
(Teta Barbosa - jornalista, publicitária e mora no Recife)

"Já estou voltando. Só tenho 45 anos e já estou fazendo o caminho de volta. Até o ano passado eu ainda estava indo... indo morar no apartamento mais alto, do prédio mais alto, do bairro mais nobre. Indo comprar o carro do ano, a bolsa de marca, a roupa da moda. Claro que para isso, durante o caminho de ida, eu fazia hora extra, fazia serão, fazia dos fins de semana eternas segundas-feiras. Até que um dia, meu filho quase chamou a babá de mãe! Mas, com quase cinquenta, eu estava chegando lá. Onde mesmo? No que ninguém conseguiu responder. Eu imaginei que quando chegasse lá, ia ter uma placa com a palavra "fim". Antes dela, avistei, a placa "retorno" e, nela mesmo, dei meia volta. Comprei uma casa no campo (maneira chique de falar, mas ela é no meio do mato mesmo). É longe que só a gota serena! Longe do prédio mais alto, do bairro mais chique, do carro mais novo, da hora extra, da babá quase mãe. Agora tenho menos dinheiro e mais filho. Menos marca e mais tempo. E não é que meus pais (que quando eu morava no bairro nobre me visitaram quatro vezes em quatro anos), agora vêm pra cá todo fim de semana? E meu filho anda de bicicleta, eu rego as plantas e meu marido descobriu que gosta de cozinhar (principalmente quando os ingredientes vêm da horta que ele mesmo plantou). Por aqui, quando chove, a Internet não chega. Fico torcendo que chova, porque é quando meu filho, espontaneamente (por falta do que fazer mesmo), abre um livro e, pasmem, lê. E no que alguém diz: "a internet voltou!", já é tarde demais, porque o livro já está melhor que o Facebook, o Instagram e o Snapchat juntos. Aqui se chama "aldeia" e tal qual uma aldeia indígena, vira e mexe eu faço a dança da chuva, o chá com a planta, a rede de cama. Aos domingos, converso com os vizinhos. Nas segundas, vou trabalhar, contando as horas para voltar... Aí eu me lembro da placa "retorno", e acho que nela deveria ter um subtítulo que diz assim: "retorno - última chance de você salvar sua vida!" Você, provavelmente, ainda está indo. Não é culpa sua. É culpa do comercial que disse: "Compre um e leve dois". Nós, da banda de cá, esperamos sua visita. Porque sim, mais dia menos dia, você também vai querer fazer o caminho de volta..."
CUIDE DO SEU TEMPO, CUIDE DA SUA FAMÍLIA.
 
"Para ler com calma e guardar na alma... também estou assim, no caminho de volta..."
"Que texto maravilhoso!"
 
Esse texto realmente, é para ler com muita calma e deixar passar o filme de nossas vidas, e refletir sobre a possibilidade de fazer valer os sacrifícios que nos são cobrados, com mais simplicidade, consciência, percebendo que somente assim, daremos mais valor ao que realmente faz sentido em nossas vidas. Não precisa de muito para ser feliz, mas precisamos saber administrar esse caminho...
Uma excelente semana para todos.
Abraços da amiga Janete

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Francisco Aurélio Ribeiro

Olá meus queridos leitores do Cantinho da Literatura.
Hoje o homenageado será um ilustre escritor capixaba, e vocês terão uma grande oportunidade de saber um pouco sobre a sua biografia e suas obras, e, claro, é apenas um "aperitivo" que certamente os levarão a pesquisar e saber mais sobre esse gênio da literatura capixaba.
"A literatura é a porta de entrada para conhecermos a nossa história, para conhecermos a nós mesmos."
Francisco Aurélio Ribeiro 
Francisco Aurélio Ribeiro é capixaba de Ibitirama, pequena cidade na serra do Caparaó, onde nasceu em agosto de 1955. Formado em Letras e Direito, fez especialização em Língua Portuguesa e Administração Universitária, e mestrado e doutorado em Letras. É professor universitário há mais de 20 anos. Possui vários livros publicados, dentre literatura infanto-juvenil, crônicas, poesia e os demais de crítica e historiografia literária, além de inúmeros artigos, crônicas e poemas em várias publicações. É um incansável pesquisador de Literatura e História do Espírito Santo. Pertence à Academia Espírito-santense de Letras, Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, ABRALIC, FNLIJ, PROLER-ES, AEI-LIJ, dentre outras instituições.

Francisco Aurélio Ribeiro foi secretário de Produção e Difusão Cultural da Universidade Federal do Espírito Santo no início dos anos 90. Graças ao trabalho desenvolvido lá, a Literatura Capixaba conheceu novos escritores que se consolidaram como revelações da década. A SPDC sob sua direção publicou também livros inéditos de autores consagrados, firmando seus nomes no cenário da nossa Literatura.

Outro grande mérito de seu trabalho à frente daquela secretaria foi "interiorizar" a Literatura Capixaba, aparentemente produzida apenas para a Capital. Inúmeras palestras e lançamentos de livros aconteceram em várias cidades do interior, de norte a sul do Espírito Santo.

Mas o mais significativo trabalho de Francisco Aurélio à frente da SPDC, no entanto, foi a publicação da revista Você, a cujos capitães Reinaldo Santos Neves e Joca  Simonetti entregou o leme. A revista Você sobreviveu cerca de cinco anos, um marco significativo por se tratar essencialmente de uma revista voltada à Cultura Capixaba.

Algumas de suas obras:

Nos passos de Anchieta

Os povos que formaram a minha terra

O "incalistrado": topônimos capixabas de origem Tupi

O Convento da Penha: fé e religiosidade do povo capixaba
 
Ainda resta uma esperança
 
Frajola e sua Paixão
 
 
Francisco Aurélio conversando com o público infantil sobre seus livros "Gato Xadrez", "Era uma vez uma chave, "Leve como uma folha", "O ovo perdido", "Ora, pombas!", "A gralha e a tralha", Mistérios de lá e de cá", entre outros.
  
Com 20 livros já lançados apenas para o público infantil, Francisco Aurélio fala com propriedade das mudanças entre seu público. Para ele, o livro continua sendo um objeto de atração mesmo entre as crianças "mais tecnológicas", mas o despertar do interesse ainda depende da influência da família.
 
"Nos livros para as crianças, encontramos dois erros muito comuns: o primeiro, é ver a obra se tornar muito pedagógica, virando uma cartilha; o segundo erro é quando subestimam a inteligência da criança".
Francisco Aurélio Ribeiro
Francisco Aurélio Ribeiro mantém intensa atividade intelectual e literária.
 
Essa foi mais uma singela homenagem, aos nossos queridos escritores capixabas, esperando que tenham curtido e que tenha sido mais um estímulo para saberem mais, muito mais sobre esses nobres cronistas, poetas e escritores.
Até a próxima semana, com mais novidades para vocês.
Abraços da amiga Janete


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Caridade Fraternal


Olá, meus queridos amigos.
Lendo a Bíblia, em Romanos, encontrei um texto que me chamou a atenção e na mesma hora pensei: "Será a reflexão para a próxima semana" - e de fato, é uma boa oportunidade para começar bem a semana, refletindo sobre a "Caridade fraternal". Então, vamos refletir?
 
CONSELHOS E PRECEITOS MORAIS. 
(Romanos 12, 9-21)
Da Bíblia Sagrada - Editora "Ave Maria"
"Que vossa caridade não seja fingida. Aborrecei o mal, apegai-vos solidamente ao bem. Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros. Não relaxeis o vosso zelo. Sede fervorosos de espírito. Servi ao Senhor. Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração. Socorrei às necessidades dos fiéis. Esmerai-vos na prática da hospitalidade.
Abençoai os que vos perseguem; abençoai-os, e não os praguejeis. Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram. Vivei em boa harmonia uns com os outros. Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisas modestas. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos.
Não pagueis a ninguém o mal com o mal. Aplicai-vos a fazer o bem diante de todos os homens. Se for possível, quanto depender de vós, vivei em paz com todos os homens. Não vos vingueis uns aos outros, caríssimos, mas deixai agir a ira de Deus, porque está escrito: A mim a vingança; a mim exercer a justiça, diz o Senhor (Deut. 32,35). Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber. Procedendo assim, amontoarás carvões em brasa sobre a sua cabeça (Prov. 25, 21s). Não te deixes vencer pelo mal, mas triunfa do mal com o bem."

Essa leitura me chamou atenção, pois sabemos o quanto é difícil vencer tribulações, turbulências que chegam uma atrás da outra, quase sem descanso, sem dar uma trégua e a confusão fica formada em nossas mentes; somos humanos e creio que viver em paz é muito difícil e é nesse momento que precisamos buscar forças, pedindo a Deus que nos permita ter coragem para não desistir e que nos fortaleça na fé e perseverança, na certeza de que temos alguém muito especial que está presente em nossas vidas e é nessa certeza que nos reabastecemos dessa força para superar tantos problemas, chegando à conclusão de que os nossos são pequenos demais em relação a tantos que passam por maiores dificuldades e continuam lutando, com a mesma certeza de que Deus não permitirá que também desistam.
 
Uma ótima semana a todos.
Abraços da amiga Janete

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Jô Drumond

Olá meus queridos amigos.
Espero que estejam curtindo essa temporada do nosso "Cantinho da Literatura", homenageando alguns escritores capixabas.
Chegou a vez dessa querida colunista escritora e poetisa, que além da homenagem na escadaria da gentileza, foi premiada em concurso literário. Tenho certeza que vocês vão se encantar com Jô Drumond e saberão mais sobre ela com pesquisas mais profundas sobre essa querida escritora.

Jô Drumond premiada em concurso literário. 25 de julho, Dia do Escritor

 A nossa colunista, escritora Jô Drumond teve o seu poema CAMINHO LITERÁRIO premiado em um concurso literário de poesia do CTC, na categoria internacional, neste mês de julho/2017.

CAMINHO LITERÁRIO
Por Jô Drumond

Meu caminho é heterodoxo
Pavimenta-se de sonhos
Fundamenta-se de mitos
Paramenta-se de símbolos
Meu caminho é poético
Guiada por palavras
Sigo sem rumo
Minhas próprias sentenças
Meu caminho é de letras
Endireito vírgulas
Empino acento
Desdobro circunflexos
Evito ponto final
Salto reticências
Caio no desvão das entrelinhas
Jô Drumond

Pós doutora em Literatura Comparada, pela UFMG,Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP e Mestre em Estudos Literários, pela UFES. É Pós-graduada (latu sensu) em Arte e Cultura Barroca pela Universidade Federal de Ouro Preto e em Literatura de Língua Portuguesa, pela UFES. Tem três graduações: Letras pela UFMG, Lingua, Literatura e Civilização Francesas, pela Université de Nancy (França) e Artes Plásticas pela UFES.

Autora de vários livros, Jô Drumond tem artigos, contos, crônicas, poemas e ensaios publicados em antologias, jornais, revistas de pós graduação, anais de congressos e na internet.

É tradutora juramentada do Estado do Espírito Santo. Membro da diretoria da Academia ES de Letras e da Academia Feminina de Letras do ES. É membro também do Instituto Histórico e Geográfico do espírito Santo, da Academia Feminina Mineira de Letras, do Conselho Estadual de Cultura e do Comitê da Aliança Francesa de Vitória.


 

Espero que pesquisem também sobre os escritores homenageados no nosso "Blog da amizade". Tenho certeza que vocês vão se surpreender.
Para quem está chegando agora, dê uma "espiadinha" no "Cantinho da Literatura" e se inspirem com os queridos poetas brasileiros e, atualmente, homenagens aos queridos escritores capixabas.
Até a próxima semana com mais uma singela homenagem aos gênios da literatura capixaba.
Abraços da amiga Janete

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Agradeça sempre!


Olá, meus queridos amigos. Passou rápido, não? Mas que tal começar bem mais essa semana, com um ótimo texto reflexivo?
Do livro Presente Diário, Aline Coscioni Schach e Vanderlei Schach, de Ijuí/RS têm uma mensagem muito especial sobre agradecimento.
 
"Certa vez, quando estava acamada durante um período de enfermidade, assisti a um filme emprestado por uma amiga. Esse filme ensinava que a felicidade não está em ter bens materiais e que as pessoas poderiam ser felizes e agradecidas mesmo não tendo tudo o que se oferece por aí para comprar. Havia uma música que dizia: "A gratidão alegra o coração!" Foi uma lição muito importante naquele momento. Recebi a visita de pessoas queridas que vinham orar por mim. Em uma dessas visitas, parecia que Deus falava comigo, dizendo que eu não devia reclamar do que estava vivendo, e que mesmo sentindo dor deveria dar graças a ele. É impossível esquecer uma coisa dessas: em momentos de sofrimento, seja agradecido! Podemos lembrar-nos de que ainda não está tão ruim como achamos, que há situações muito piores e que nem tudo está perdido. Precisamos compreender que existem momentos ruins, mas eles passam! Graças a Deus, um dia acabam. Sempre acharemos o que agradecer, mesmo nas piores situações.
O texto de hoje apresenta algumas características que os cristãos devem ter e, entre elas, Paulo nos exorta a sermos agradecidos. Devemos ser gratos pelo que somos e temos, lembrando sempre: o que sou não deveria depender do que tenho. Não há dinheiro algum que possa pagar meu caráter, meu amor próprio e minha dignidade.
Viver constantemente agradecido transforma completamente o dia a dia: não vai existir dia "ruim", nem "tempo feio". Posso aprender a agradecer pelo sol mesmo quando não o quero; pela chuva, mesmo que atrapalhe meus planos; por ter o suficiente para viver, mesmo não tendo tudo o que desejo e também pelo que não tenho, e por nem precisar ter! Simplesmente agradecer, em qualquer situação." - ACS/VS
"Sejamos agradecidos, mesmo que..."
Vocês já agradeceram Hoje?
Vamos refletir?
Uma ótima semana a todos
Abraços da amiga Janete
 

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

RENATO PACHECO


Olá meus queridos amigos.
Hoje vamos conhecer um pouco esse extraordinário poeta capixaba, que embora não esteja mais em nosso meio, merece todas as homenagens, e o nosso blog da amizade, no "Cantinho da Literatura" terá sempre espaço para homenagear em forma de agradecimento, esses gênios da literatura, em honra de todos que também eu gostaria de citar, mas com certeza, a partir desses escritores, vocês leitores terão uma inspiração e curiosidade em pesquisar mais sobre os milhares de escritores e poetas brasileiros de um modo geral.

ESCRITORES CAPIXABAS
 RENATO PACHECO
(1928-2004)

 Magistrado, professor, escritor, poeta. Renato José Costa Pacheco, nasceu em Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, a 16/12/1928, filho de Filogônio Pacheco e Valentina Costa Pacheco. Fez seus estudos primários e secundários no Colégio Filgueiras, com particulares, no Colégio Estadual do Espírito Santo, bacharelou-se em 1951, pela Faculdade de Direito do Espírito Santo. Cursou Pós-Graduação na Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Licenciado em História, em Colatina. Atuou como professor em inúmeros colégios de Vitória e do interior do Estado, bem como da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UFES (livre docente) e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cachoeiro de Itapemirim. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, da Comissão Espírito-santense de Folclore, da Academia Espírito-santense de Letras onde ocupa a cadeira nº 33, cujo patrono é José Horácio Costa e da Academia Capixaba dos Novos. Faz parte do grupo de Letras. Ocupou o cargo de Juiz de Direito, desde 1957, em Vitória e Guaçuí. Foi colaborador nos principais jornais do Estado e Revistas. Manteve uma coluna literária e informativa, na revista "Vida Capixaba", desde o final da década de 40, denominada "Polo Norte... Polo Sul... Notas de literatura". Faleceu em Vitória, a 19/03/2004.
Em sua homenagem, com seu nome registrado na Escola Estadual de Ensino Médio Professor Renato José da Costa Pacheco (EEEM)


Plantaram um buriti em minha porta,

e plácidas vacas pastam a meu lado.

A realidade não existe, então?

Céu e inferno estão em minha mente.

Mãos e pernas, taekwon-do,

o mundo cada vez fica menor,

juntando crianças brasileiras e lutas coreanas.

 
De quem eu vivo separado?

Há quanto tempo, há quanto tempo?

Da verdade, que não sei sintonizar.

Jornais, rádios, tevês, vídeos,

me jogam no espaço por caminhos errados.

 
Resta o silêncio, a solidão, o vazio,

enquanto Marte brilha e o

Hale-Bopp se esconde.
             Santa Rita do Sapucaí, 03.04.1997

 
Espelho empoeirado,

metal sem brilho,

casa desmiolada,

olho que dói,

espírito da época.

 
Não falemos mais nisso.

Não falemos mais.

Não falemos.

Não.

 
As origens são escusas.

Razão e raciocínio nunca mais.

Sonhei duas vezes com você.

De manhãzinha, andei no Santa Maria seco.

 
O homem falava:

"Espírito energizante, concentração alta".

E as mulheres levantaram os braços.

 
Noite escura, nada se reflete

em meu espelho empoeirado.
 
Santa Rita do Sapucaí, 04.04.1997
Algumas de suas obras, como sugestão para vocês.
E assim, encerro mais uma singela homenagem, sempre contando com a participação dos leitores do nosso "Cantinho da Literatura", no sentido de pesquisarem e saberem mais sobre esses nobres poetas capixabas, assim como tantos outros que já foram homenageados na primeira temporada, com os escritores brasileiros.
Pesquisem e saibam mais. Vocês vão se surpreender.
Abraços da amiga Janete