sexta-feira, 15 de março de 2013

Parabéns mamãe - 93 anos


Nesse período que fiquei fora, participei de alguns eventos, como o aniversário de Mariana, como vocês puderam ver aqui no nosso blog, assim como tive o privilégio e a honra de passar o aniversário da minha amada mãe Maria Alvina Felix, que completou 93 anos no dia 28 de fevereiro; na verdade, o seu aniversário é dia 29, ano bissexto.
Começou com a visita da sua irmã, minha tia Glorinha com a sua filha Ângela, a minha irmã Luzia, a minha sobrinha Leila e a vizinha Cínthia, com o seu filho Caio, que tem a minha mãe como sua “vozinha” do coração.
Foi um café da tarde muito especial, com direito a uma oração de agradecimento feita pela tia Glorinha e com a alegria de cantar os parabéns.
                                      

 
Momento de agradecimento a Deus, pela vida e pela família. Mamãe, minha irmã Luzia, tia Glorinha e minha prima Ângela
 
                                          Foi uma tarde maravilhosa, mas não parou por aí...
À noite, a chegada da minha irmã Nágila, com o seu esposo Luiz, com muita alegria, numa foto especial... e Começou a segunda parte da festa...
A minha irmã Maria Lúcia, com os filhos Ivanzinho e família, Cínthia e família...
Os bisnetos Rafael, Mariana e Maria Helena...



Foto especial com os netos e as bisnetas Maria Helena e Mariana...
A família do meu irmão Alfredo, que chegou fazendo a "festa", com muita alegria cantando os parabéns...

A minha cunhada Adriana com os filhos Daniel e Davi...

A alegria desse momento especial com o seu "filhão" Alfredo
Meu sobrinho Ivanzinho e minha cunhada Adriana
Parabéns, minha querida mãe; somos todos muito felizes e orgulhosos por termos a mãe, a avó e acima de tudo, ser parte da sua vida.
Todos com muita alegria, registrando esse momento maravilhoso pelo aniversário da nossa mãe; com um delicioso jantar participativo. 
A família é assim: É só chegar e a festa acontece.
Minha querida cunhada Adriana, e a querida irmã Maria Lúcia, as animadoras da festa.
O genro querido, Ivan, com um abraço especial, fez questão de prestigiar esse momento...
E não podia faltar o marido da neta Cínthia, Geanderson, que também fez questão de parabenizar a nossa mãe.
O neto Davi e a bisneta Mariana, cantando os parabéns com a avó
E, quem não poderia faltar, claro, a nossa irmã Rosemary com as filhas Nayara e Vanessa, que chegaram em seguida e com muita alegria, para um abraço especial.

Mãe, essa homenagem é tão singela, mas representa o respeito e o amor imenso que toda a família sente pela senhora. Esse exemplo de coragem e dignidade que dá a cada membro dessa família o orgulho de dizer: É a minha mãe, é a minha sogra, é a minha avó, é a minha bisavó, é a mulher mais importante na vida de todos nós.
Desejamos que tenhas saúde e que continue com esse grande amor que contagia e ensina que a vida é mais simples do que se imagina; doação e amor. Exemplo de vida, de dignidade, lição de vida de Maria Alvina Felix.
Parabéns pelos seus 93 anos.
"Com certeza, o senhor, honrou essa data com o seu nascimento, bendito seja por esta grande oportunidade de parabenizar alguém tão importante, você.

Feliz aniversário e muitos anos de vida, é o que lhe deseja o meu coração. Agradeço ao Pai por ter colocado você em meu caminho.

Deus, por sua perfeição, justiça e bondade, sabia que juntos poderíamos crescer e fazer valer o seu amor.

Receba as benções divinas por toda a vida. Com muita saúde e que encha o Espírito Santo, renovando-lhe, a cada dia.

Parabéns."



quinta-feira, 14 de março de 2013

Raduan Nassar

Olá, meus queridos amigos.
Hoje, no nosso "Cantinho da Literatura",  vou falar sobre esse famoso escritor brasileiro, tendo como destaque a sua mais famosa obra, "Lavoura Arcaica"
Resumo da sua biografia:
Raduan Nassar é paulista de Pindorama, onde passou a infância. Adolescente, veio com a família para São Paulo, onde cursou Direito e Filosofia na USP.
Depois de desempenhar diversas atividades, inclusive o jornalismo, estreou na literatura em Lavoura Arcaica, em 1975.
Três anos depois, publicava a novela Um Copo de Cólera, apesar do êxito incomum que os dois livros alcançaram, inclusive com traduções em outras línguas, Raduan Nassar abandonou a literatura para dedicar-se ao trabalho no campo.
Obras do autor:
Editadas em livro
Lavoura arcaica (romance), 1975
Um copo de cólera (novela), 1978
Um copo de cólera/Lavoura arcaica, 1980
Menina a caminho (contos), 1994
Em periódicos nacionais e estrangeiros
Aí pelas três da tarde (conto), Jornal de Bairro, São Paulo, 16 de Fevereiro de 1972
Aí pelas três da tarde (conto), El Paseante, Madri, Siruela, dez. 1988
Aí Pelas três da tarde (conto), Folha de São Paulo, São Paulo, 21 de Janeiro de 1989
O ventre seco (conto), Folha de São Paulo, 16 de Dezembro de 1984
O ventre seco (conto), Madri, Siruela, dez. 1988
O ventre seco (conto), Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 18 de Março de 1989
Versões cinematográficas:
Um copo de cólera, roteiro de Aluízio Abranches e Flávio R. Tambellini, 1995
Lavoura arcaica, direção e roteiro de Luiz Fernando Carvalho, 2001

Prêmios:
Prêmio Coelho Neto para romance, da Academia Brasileira de Letras
Menção Honrosa - Categoria Revelação de Autor, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA)
Prêmio Ficção para Um copo de cólera pela APCA em 1978
Prêmio Jabuti - Categoria Revelação de Autor, da Câmara Brasileira do Livro, em 1976.

Resumo:

Texto - "Lavoura Arcaica" - Raduan Nassar.
O enredo da obra "Lavoura Arcaica" se constitui numa trama dos costumes de uma família onde é mostrado a fuga de André, um adolescente que sempre fora criado na fazenda sob um duro modelo educativo passado por seu pai, o chefe do modelo familiar.
Tal fuga de casa pode ser entendida pelo grande amor que André sentia por Ana, sua própria irmã. Paixão esta que nunca poderia ser compreendida por seu pai. Assim, ele foge para um vilarejo.
A reação de Pedro, seu irmão mais velho, foi a de ir até a pensão onde ele estava e tentar trazê-lo de volta para sua casa na fazenda, onde sua mãe o esperava com ansiedade, sofria bastante com seu filho longe.
Ao achar André, Pedro começou a contar sobre os acontecimentos que estavam ocorrendo na fazenda sem ele. O irmão o recebeu contando lições sobre questões e preceitos da família como a história de um homem faminto que pediu comida. Demonstrou seus pensamentos, apesar de pouca idade acreditava que não valia a pena esperar em algum momento, em certas ocasiões era necessário agir, e logo. Contudo, nada disse sobre sua volta à fazenda.
Suas irmãs apenas rezavam para sua volta, cumpriam as ordens do pai e da mãe, e esta última apenas cumpria com suas funções de dona de casa.
André acaba voltando para casa, suas ideias não batiam com as dos pais que não entendiam o que se  passava com o filho. E ele não aceitava a situação de amar a irmã e nada poder fazer. Porém desabafou ao pai que estava cansado, humilde, entendendo a solidão e a miséria, pedindo o seu perdão e amor.
Seu outro irmão, o Lula, acaba dizendo que também queria fugir de casa, que não aguenta mais aquela vida parada da fazenda.
No dia seguinte à chegada de André foi preparada uma festa por seu pai. E assim como iniciou a obra sua irmã Ana dança sensualmente para ele. Foi nessa festa que o pai percebeu o que realmente passava com os irmãos. Desesperado o pai sofre um ataque de tristeza e morre.
Personagens:
1 - André: filho de fazendeiro que, ao apaixonar pela irmã foge de casa.
2 - Ana: irmã apaixonada pelo irmão André.
3 - Mãe de André: sofre muito com a fuga do filho.
4 - Pedro: irmão de André que foi buscá-lo no vilarejo onde morava num quarto de pensão.
5 - Iohána: pai de André, morreu logo que percebeu o amor do filho pela irmã Ana.
6 - Lula: irmão de André que também pretendia fugir.
7 - Rosa, Zuleika, Huda - irmãs de André.
Trechos da "Lavoura Arcaica"
"Na modorra das tardes vadias da fazenda, era num sítio, lá no bosque, que eu escapava aos olhos apreensivos da família. Amainava a febre dos meus pés na terra úmida, cobria meu corpo de folhas e, deitado à sombra, eu dormia na postura quieta de uma planta enferma, vergada ao peso de um botão vermelho. Não eram duendes aqueles troncos todos ao meu redor velando em silêncio e cheios de paciência o meu sono adolescente? Que urnas tão antigas eram essas liberando as vozes protetoras que me chamavam da varanda?"

"De que adiantavam aqueles gritos se mensageiros mais velozes, mais ativos, montavam melhor o vento, corrompendo os fios da atmosfera? Meu sono, quando maduro, seria colhido com a volúpia religiosa com que se colhe um pomo. E me lembrei que a gente sempre ouvia nos sermões do pai que os olhos são a candeia do corpo. E, se eles eram bons, é porque o corpo tinha luz. E se os olhos não eram limpos é que eles revelavam um corpo tenebroso."
"O tempo é o maior tesouro de que um homem pode dispor, embora inconsumível, o tempo é o nosso melhor alimento, sem medida que o conheça, o tempo é, contudo nosso bem de maior grandeza: não tem começo, não tem fim; é um pomo exótico que não pode ser repartido, podendo, entretanto prover a todo mundo; onipresente, o tempo está em tudo (...) o equilíbrio da vida depende essencialmente deste bem supremo, e quem souber com acerto a quantidade de vagar, ou a de espera, que se deve pôr nas coisas, não corre nunca o risco, ao buscar por elas, de defrontar-se com o que não é; (...) Porque só a justa medida do tempo dá a justa natureza das coisas."
(Raduan Nassar, in "Lavoura Arcaica")
Essa foi mais uma homenagem aos nossos queridos escritores brasileiros.
Abraços da amiga Janete