quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Pedro Nava

Boa noite, meus amigos.
Está sendo difícil escolher para cada semana, um escritor brasileiro a ser homenageado nesse espaço da literatura que preparei para vocês com muito carinho. São muitos os gênios da poesia, dos contos, romances, crônicas, enfim, desse fabuloso mundo literário que nos leva a "viajar na imaginação" e viver a realidade de tantas histórias fantásticas.
Hoje vocês vão saber um pouco sobre esse médico, escritor e memorialista da literatura brasileira; e fica a sugestão para quem procura bons livros.
Abraços da amiga Janete
Médico de formação, Pedro Nava é um dos principais memorialistas da literatura brasileira.
Pedro da Silva Nava - Nascido em Juiz de Fora, no dia 05 de junho de 1903.
Em 1921 Pedro da Silva Nava ingressou na Faculdade de Medicina em Belo Horizonte, onde fez amizade com Prudente de Morais Neto e com o futuro presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Começou a ir ao Café Estrela, frequentado pelos escritores Carlos Drumond de Andrade, Abgar Renault, Emílio Moura, Aníbal Machado, João Alphonsus, bem como pelos políticos Milton Campos, João Pinheiro Filho, Gabriel Passos e Pedro Aleixo, futuro vice-presidente brasileiro. Também passou a colaborar com poemas na "Revista", órgão modernista mineiro.
Em 1925, encontrou-se em Belo Horizonte com os modernistas paulistanos e, com amigos, ciceroneou o grupo em visita às cidades históricas. Em 1928, ilustrou o Macunaíma, de Mário Andrade. Em 1931 mudou-se para Monte Aprazível, SP, abalado com o suicídio da namorada que sofria de leucemia. Dois anos depois foi para o Rio de Janeiro. Em 1938 escreveu o poema "O Defunto", publicado posteriormente junto com outros de seus poemas. Em 1943, casou-se com Antonieta Penido.
Durante muito tempo, Pedro Nava trocou correspondências com o poeta Manuel Bandeira. Em 1946, apareceu na antologia "Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos", organizada por Bandeira. Um ano depois publicou seu primeiro livro, "Território de Epidauro".
Em 1948 tornou-se Diretor do Departamento de Clínica Médica e Membro da Academia Brasileira de História das Ciências e viajou à Europa para aperfeiçoar seus estudos. Nos anos seguintes fez várias viagens ao exterior, ligadas à sua profissão de médico.
Em 1965 publicou "Evocação da Rua da Bahia", dedicado a Carlos Drumond de Andrade. Em 1968, aos 64 anos, começou a redigir as memórias. Em 1972, o primeiro volume, "Baú de Ossos" foi publicado. Seguiram-se "Balão cativo", Chão de ferro", Beira-Mar, "Galo- das- Trevas" e "O Círio Perfeito". Este último, recebeu em 1984, o prêmio "Livro do Ano", concedido pelo Museu de Literatura da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
Em 1973, recebeu, no Rio de Janeiro, o Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, concedido pelo Pen Club, e o Prêmio Personalidade Global - Setor Literatura, concedido pela Rede Globo de Televisão e pelo jornal "O Globo". No ano de 1974 recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte.
Em 1975 foi a vez do Prêmio Machado de Assis de Memórias ou Crônicas, do 9° Concurso Literário da Fundação Cultural do Distrito Federal, por "Balão Cativo".
O autor suicidou-se na Rua da Glória, no Rio de Janeiro, no dia 13 de maio de 1984.
Até os 70 anos de idade, Nava tinha escrito pouco e seu trabalho, apesar de aplaudido pela crítica e por autores de peso, como Drummond, Vinícius de Moraes e Manuel Bandeira, era tido como uma espécie de hobby para o médico competente. Foi sua obra memorialística, de peso e relevância, que fez dele um dos mais respeitados escritores do país.

Obras:
Capítulos de História da Medicina no Brasil - 1949
Baú de Ossos - 1972
Balão Cativo - 1973
Chão-de-Ferro - 1976
Beira-Mar - 1978
Galo-das-Trevas - 1981
O Círio Perfeito - 1983

Frases de Pedro Nava
"Aparentar-se pelo coração é ser amigo"

"Não existem famílias que não venham, a um só tempo, do trono e da lama."

"Quando morto estiver meu corpo,"

"Essa festa de Bodas de Ouro virou legenda de família. Fala-se nela até hoje. Serve nossa cronologia. Nas Bodas. No tempo das bodas. Antes das bodas. Depois das bodas. O retrato das bodas."

"Tenhamos juízo-nós e eles-para que o Brasil não caia naquela odiosa história sem fim de perseguir o judeu porque ele é assim e do judeu porque é perseguido. Chega. Entretanto esses preconceitos é que fizeram necessários os linguistas paulistas e mineiros, que, com seus estudos e mais os do fluminense, dos baianos e pernambucanos, trouxeram imensa contribuição ao conhecimento da formação social e da antropogeografia do Brasil."

"Ele era político. Como político, capaz de idas e vindas, avanços e recuos, dos embustes, das negaças, das fintas, dos pulos-de-gatos, dos blefes que são o lote de todos os que pertencem a tal estado - do Príncipe de Maquiavel, de Luis XI, Churchill, ao último vereador de Santo Antônio do Desterro."
(Do livro Galo das Trevas)
    






quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Lourenço Casarré

Boa noite, meus queridos amigos.
No ano passado, no Programa Mais Você, assisti a uma entrevista com o ator Juliano Cazarré, que interpretava o Dauto, na novela Avenida Brasil e falou sobre um livro que ele estava lançando - "Pelas Janelas" e aproveitou para falar sobre o seu pai, Lourenço Cazarré, que é escritor, inclusive, falou sobre o livro "Nadando contra a morte" e nesse momento, despertou a minha curiosidade sobre esse escritor brasileiro que até então era desconhecido para mim e nessa curiosidade, pesquisei e deparei com um importante jornalista, escritor e autor de muitas obras literárias.
E para quem ainda não o conhece, leiam o resumo de sua biografia:
Lourenço Cazarré
Lourenço Paulo da Silva Cazarré, conhecido como Lourenço Cazarré, nasceu em 29/07/1953, em Pelotas (RS). Jornalista, escritor e autor de mais de 40 livros, entre novelas juvenis, livros de contos e romances. Recebeu mais de vinte prêmios literários de âmbito nacional. Venceu por duas vezes o maior certame literário dos anos 80, a Bienal Nestlé, nas categorias romance (em 1982) e contos (em 1984). Um de seus livros para jovens, Nadando contra a morte (Formato Editora), recebeu o 41° Prêmio Jabuti, em 1999 e outros mais de vinte prêmios literários.. Alguns de seus livros: Agosto, Sexta-feira, treze (1981); O Calidoscópio e a ampulheta (1983); O despertar dos amantes, (1985); Histórias suburbanas, (1986); Obscuros através da noite solitária, (1987); A espada do general (1988); A ditadura da beata (1990); O sumiço do mentiroso (1991); Terror às pampas (1993); Quem matou o mestre de Matemática (1995); O motorista que contava assustadoras histórias de amor (1999); A guerra do lanche (2000); O senhor da escuridão (2001); Isso não é um filme americano (2002).

 Publica desde 1981, quando estreou com a sátira política Agosto Sexta-feira Treze. O escritor e jornalista gaúcho Lourenço Cazarré já teve mais de duas dezenas de obras publicadas. Grande contista brasileiro, conquistou o Prêmio Açorianos de Literatura, categoria Contos, em 2002, com Ilhados, por duas vezes na Bienal Nestlé de Literatura, em 1982 e 1984; no Prêmio Jabuti, em 1999 e em mais de uma dezena de outros concursos. Sua novela, O mistério da obra-prima, foi traduzida para o espanhol e editada pela Fondo de Cultura Econômica, do México. Entre sua obra infanto-juvenil destacam-se os livros Clube dos leitores e histórias tristes, A cidade dos ratos: uma ópera-roque, Quem matou o mestre de matemática? e Nadando contra a morte, Prêmio Jabuti em 1999.
É pai do ator Juliano Cazarré e, desde 1977, reside em Brasília.
                                                                 MAIS OBRAS:
 Romances e novelas:
O Caleidoscópio e a ampulheta, 1982
Os bons e os justos, 2005
Sinfonia dos animais noturnos, 2007
A longa migração do temível tubarão branco, 2008
A misteriosa morte de Miguela de Alcazar, 2009
Livros e Contos:
Enfeitiçados todos nós, 1984
Noturnos do amor e da morte, 1989
Ilhados, 2002
A arte excêntrica dos goleiros, 2004
Exercícios espirituais para insônia e incerteza, 2012
Livros infanto-juvenis:
Um velho velhaco e seu neto bundão, 1992
Nadando contra a morte, 1998
A guerra do lanche, 1999, Coleção Vaga-lume
Isso não é um filme americano, 2004
Prêmios:
Bienal Nestlé de Literatura Brasileira, romance, O Caleidoscópio e a ampulheta, 1982
Bienal Nestlé de Literatura Brasileira, contos, Enfeitiçados todos nós, 1984
Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães, em 1993
Prêmio Brasília para Livros Juvenis, em 1990
Prêmio Jabuti, literatura infanto-juvenil, Nadando contra a morte, 1998
Prêmio Açorianos, contos, Ilhados, 2002
Concurso Nacional de Dramaturgia da Funarte (regiões Norte e Centro-Oeste), Umas poucas cenas vistas do caos, 2005
Concurso de Novela de Curitiba com A longa migração do terrível tubarão branco, 2007.
Como vocês puderam ver, não tem como falar um pouco sobre cada obra, mas, para encerrar essa homenagem, vocês vão ler agora, um trecho de uma das mais famosas obras de Lourenço Cazarré.
Nadando Contra a Morte - Conforme a nova ortografia
"Eu me fechei no meu quarto e chorei. Eu chorei muito porque não sabia o que fazer com a criança. Chorava porque pensava que tem muita gente ruim nesse mundo e que a criança podia cair nas mãos desse povo. Só me sosseguei um pouco quando escutei o chorinho da nenê. Bem fraquinho. Aó olhei pra ela pela primeira vez, porque no hospital eu estava com vergonha. Era tão pequenininha que dava dó. E era bem bonitinha. Como eu não tinha cara de pedir leite em pó pra Donana, resolvi dar o meu peito pra elazinha mamar".
Depois desse emocionante trecho, dá para sentir que esse livro é mesmo um sucesso e com certeza, vou comprar e ler na íntegra.
Como costumo falar, esse espaço é muito bom e nos permite conhecer um pouquinho esses queridos escritores brasileiros e vocês terão oportunidade de saber muito mais, sempre às quintas.
Abraços da amiga Janete.
Até a próxima.






segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Vamos descontrair?

Olá meus amigos.. Tem hora que a gente precisa rir um pouco, para aliviar as tensões e se distrair um pouco. Estou de volta com "Piadinhas Legais". Achei muito legal e inteligente essa do turco Salim. Espero que curtam.
Abraços da amiga Janete
Mentiroso da Rua 25 de Março!
Um cara engravatado entra na lojinha do Salim, na Rua 25 de Março e olha com desprezo para o balcão escuro, as roupas penduradas em ganchos e o chão de tacos de madeira sem polimento. O Salim se irrita com o desprezo do sujeito e resmunga: - Está olhando feio bro lodjínia de Salim burquê? Com este lodjínia, Salim tem abartamento na Guarujá, tem casa na Búzios, casa na Cambos da Jordão, tem casa no Riviera da Zão Lorenço, tem abartamento no Beirute, tem filho estuda medicina no Estados Unidos, tem filha estuda moda na Baris, tudo só com lodjínia!
O sujeito vira e diz: - O senhor sabe quem eu sou: Eu sou fiscal do Imposto de Renda!
- Muito brazer! Eu Salim, maior mentiroso do 25 de Março!


"Que vantagem têm os mentirosos? A de não serem acreditados quando dizem a verdade."

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Carnaval 2013 Vitória - ES

Olá meus amigos.
Hoje está começando o Carnaval oficial de 2013, mas para quem não é capixaba, não deve saber que o carnaval em Vitória, é festejado com uma semana de antecedência ao carnaval oficial.
A evolução dos blocos de rua e especialmente das Escolas de Samba, têm provocado uma satisfação geral. Está bem concorrido e com milhares de foliões no Sambódromo - "Sambão do Povo" assistindo, se divertindo e curtindo a beleza dessa festa que foi deslumbrante com todos os seus quesitos.
Apresento para vocês alguns registros do que foi o Carnaval da grande Vitória, realizado nos dias 01 e 02 de fevereiro.
Na sexta-feira, 1º de fevereiro de 2013,  primeiro dia dos desfiles do Grupo Especial das Escolas de Samba foi aberto pela Tradição Serrana (serra), que subiu do Grupo de Acesso em 2012.
Destaque da Tradição Serrana
Rainha de bateria da Tradição Serrana
Em seguida, colorindo o Sambão do Povo a Novo Império (Vitória) com o enredo "Fim do Mundo"
Rainha de bateria da Novo Império
A terceira Escola de Samba a desfilar foi a Andaraí (Vitória)
Rainha de bateria da Andaraí
A quarta Escola de Samba a desfilar foi a Pega no Samba (Vitória) - com o enredo: "Em terra de bamba, samba quem tem raiz. O Pega canta a gigante Amigos de Gurigica".
Rainha da Pega no Samba
E para encerrar o primeiro dia de desfile do Grupo Especial, a Independente São Torquato (Vila Velha) com o samba-enredo: "Onde está o ouro? Pegue o mapa da mina e encontre o tesouro".
Rainha da São Torquato
No sábado, 2 de fevereiro, desfilaram mais cinco agremiações. Pela ordem:
Unidos da Piedade (Vitória) com o samba-enredo: "Anauê, Anauê. Guanambi, Amanagé. Nas terras abençoadas do Espírito Santo".
Abre alas - Unidos da Piedade
Desfile da Unidos da Piedade

Imperatriz do Forte (Vitória) - com o  enredo: "Parque Moscoso: De um click revelam-se 100 anos de história no coração da cidade".
Desfile da Imperatriz do Forte
Em seguida, a campeã do carnaval de Vitória 2012, Boa Vista (Cariacica) - com o enredo: "África... Grito de liberdade de uma raça".
Desfile da Boa Vista
Mocidade Unida da Glória - MUG, com o samba-enredo "Oui Voilá le France! Mocidade singra os mares de Dunkerque. Merci beacoup!"

Desfile da MUG

Mestre-sala e porta bandeira da MUG
E encerrando a folia, Unidos de Jucutuquara (Vitória) - com o enredo: "A centenária noite do Sabiá da Crônica: entre pássaros, palavras, chiquitas e baianas". = Homenagem ao escritor capixaba Rubem Braga.
Rainha de bateria de Jucutuquara
Desfile da Jucutuquara
Essa foi apenas uma demonstração do Carnaval Capixaba e agora vocês vão ver alguns registros da grande campeã Mocidade Unida da Glória - MUG com uma linda homenagem francesa.
Bateria da MUG
                       
                                         
Mocidade Unida da Glória perfuma a avenida e faz desfile sem erro
MUG teve evolução perfeita e não apresentou nenhum carro quebrado.
Carros com efeitos especiais borrifaram perfume.

  Comemoração após apuração, a Agremiação de Vila Velha venceu o carnaval com 297,1 pontos.
Festa lotou a quadra da escola no bairro da Glória.

Atualmente desfilam 15 escolas sendo: 8 do próprio município, 3 de Vila Velha, 2 de Serra,1 de Cariacica e 1 de Guarapari.
Além dessas Escolas de Samba do Grupo Especial, desfilaram mais cinco Escolas do Grupo de Acesso, no dia 31 de janeiro, sendo Barreiros a a campeã do grupo de acesso, retornando ao grupo especial em 2014.
Desfilaram também Rosas de Ouro, Chegou o Que Faltava, que ficaram nas colocações seguintes e a Escola Tradição Serrana que foi rebaixada.
Barreiros, campeã do grupo de acesso de 2013 - Enredo: Qual é sua beleza? A minha é natural.

Rainhas de Barreiros
Também em Vitória, teve o concurso da garota do samba do carnaval capixaba de 2013 promovido pela TV Gazeta (ES) e olhem só quem venceu:
                    
Fabiana Mattos, de 32 anos, Corretora de Imóveis, moradora da Serra, região da Grande Vitória, foi a vencedora do concurso "Garota do Samba", do ESTV 1ª Edição.
Então, meus queridos amigos; perceberam porque fiz questão de homenagear o carnaval de Vitória - ES? Vitória está de parabéns, e o carnaval ainda não terminou por aqui. A programação é extensa, com muitos blocos de rua, no centro da cidade, com uma linda festa para todas as idades.
Para você que ainda não conhece o Espírito Santo, fica o convite para quem quiser prestigiar, nos próximos anos o carnaval de Vitória, o carnaval Capixaba.
Desejo a todos um ótimo carnaval, com muita alegria, saúde, responsabilidade e muita paz.
Abraços da amiga Janete