Olá, meus queridos amigos.
O nosso Cantinho da Literatura, tem a honra de homenagear mais um grande escritor brasileiro. Não tem como falar desse extraordinário poeta, sem sentir orgulho, com um peso de responsabilidade, mas esse pequeno resumo será suficiente para que pesquisem a sua história e suas obras.
Falecimento: 19 de novembro de 1967, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
João Guimarães Rosa
foi um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos. Foi
também médico e diplomata. Os contos e romances escritos por Guimarães Rosa
ambientam-se quase todos no chamado sertão brasileiro.
João Guimarães Rosa
"Quando escrevo, repito o que já vivi antes.
E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente.
Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo
vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser
um crocodilo porque amo os grandes rios,
pois são profundos como a alma de um homem.
Na superfície são muito vivazes e claros,
mas nas profundezas são tranqüilos e escuros
como o sofrimento dos homens."
"Quando escrevo, repito o que já vivi antes.
E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente.
Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo
vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser
um crocodilo porque amo os grandes rios,
pois são profundos como a alma de um homem.
Na superfície são muito vivazes e claros,
mas nas profundezas são tranqüilos e escuros
como o sofrimento dos homens."
Gargalhada
Guimarães Rosa
Quando me disseste que não mais me
amavas,
e que ias partir,
dura, precisa, bela e inabalável,
com a impassibilidade de um executor,
dilatou-se em mim o pavor das cavernas vazias...
Mas olhei-te bem nos olhos,
belos como o veludo das lagartas verdes,
e porque já houvesse lágrimas nos meus olhos,
tive pena de ti, de mim, de todos,
e me ri
da inutilidade das torturas predestinadas,
guardadas para nós, desde a treva das épocas,
quando a inexperiência dos Deuses
ainda não criara o mundo...
e que ias partir,
dura, precisa, bela e inabalável,
com a impassibilidade de um executor,
dilatou-se em mim o pavor das cavernas vazias...
Mas olhei-te bem nos olhos,
belos como o veludo das lagartas verdes,
e porque já houvesse lágrimas nos meus olhos,
tive pena de ti, de mim, de todos,
e me ri
da inutilidade das torturas predestinadas,
guardadas para nós, desde a treva das épocas,
quando a inexperiência dos Deuses
ainda não criara o mundo...
"Como não ter Deus?! Com Deus existindo, tudo dá esperança: sempre um
milagre é possível, o mundo se resolve. Mas, se não tem Deus, há-de a gente
perdidos no vai-vem, e a vida é burra. É o aberto perigo das grandes e pequenas
horas, não se podendo facilitar, é todos contra os acasos. Tendo Deus, é menos
grave se descuidar um pouquinho, pois no fim dá certo."
Algumas de suas obras:
Ainda teremos mais Guimarães Rosa para vocês. Enquanto isso, pesquisem mesmo.
Vocês vão amar ler esse querido escritor.
Abraços da amiga Janete