RENATO PACHECO


Olá meus queridos amigos.
Hoje vamos conhecer um pouco esse extraordinário poeta capixaba, que embora não esteja mais em nosso meio, merece todas as homenagens, e o nosso blog da amizade, no "Cantinho da Literatura" terá sempre espaço para homenagear em forma de agradecimento, esses gênios da literatura, em honra de todos que também eu gostaria de citar, mas com certeza, a partir desses escritores, vocês leitores terão uma inspiração e curiosidade em pesquisar mais sobre os milhares de escritores e poetas brasileiros de um modo geral.

ESCRITORES CAPIXABAS
 RENATO PACHECO
(1928-2004)

 Magistrado, professor, escritor, poeta. Renato José Costa Pacheco, nasceu em Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, a 16/12/1928, filho de Filogônio Pacheco e Valentina Costa Pacheco. Fez seus estudos primários e secundários no Colégio Filgueiras, com particulares, no Colégio Estadual do Espírito Santo, bacharelou-se em 1951, pela Faculdade de Direito do Espírito Santo. Cursou Pós-Graduação na Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Licenciado em História, em Colatina. Atuou como professor em inúmeros colégios de Vitória e do interior do Estado, bem como da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UFES (livre docente) e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cachoeiro de Itapemirim. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, da Comissão Espírito-santense de Folclore, da Academia Espírito-santense de Letras onde ocupa a cadeira nº 33, cujo patrono é José Horácio Costa e da Academia Capixaba dos Novos. Faz parte do grupo de Letras. Ocupou o cargo de Juiz de Direito, desde 1957, em Vitória e Guaçuí. Foi colaborador nos principais jornais do Estado e Revistas. Manteve uma coluna literária e informativa, na revista "Vida Capixaba", desde o final da década de 40, denominada "Polo Norte... Polo Sul... Notas de literatura". Faleceu em Vitória, a 19/03/2004.
Em sua homenagem, com seu nome registrado na Escola Estadual de Ensino Médio Professor Renato José da Costa Pacheco (EEEM)


Plantaram um buriti em minha porta,

e plácidas vacas pastam a meu lado.

A realidade não existe, então?

Céu e inferno estão em minha mente.

Mãos e pernas, taekwon-do,

o mundo cada vez fica menor,

juntando crianças brasileiras e lutas coreanas.

 
De quem eu vivo separado?

Há quanto tempo, há quanto tempo?

Da verdade, que não sei sintonizar.

Jornais, rádios, tevês, vídeos,

me jogam no espaço por caminhos errados.

 
Resta o silêncio, a solidão, o vazio,

enquanto Marte brilha e o

Hale-Bopp se esconde.
             Santa Rita do Sapucaí, 03.04.1997

 
Espelho empoeirado,

metal sem brilho,

casa desmiolada,

olho que dói,

espírito da época.

 
Não falemos mais nisso.

Não falemos mais.

Não falemos.

Não.

 
As origens são escusas.

Razão e raciocínio nunca mais.

Sonhei duas vezes com você.

De manhãzinha, andei no Santa Maria seco.

 
O homem falava:

"Espírito energizante, concentração alta".

E as mulheres levantaram os braços.

 
Noite escura, nada se reflete

em meu espelho empoeirado.
 
Santa Rita do Sapucaí, 04.04.1997
Algumas de suas obras, como sugestão para vocês.
E assim, encerro mais uma singela homenagem, sempre contando com a participação dos leitores do nosso "Cantinho da Literatura", no sentido de pesquisarem e saberem mais sobre esses nobres poetas capixabas, assim como tantos outros que já foram homenageados na primeira temporada, com os escritores brasileiros.
Pesquisem e saibam mais. Vocês vão se surpreender.
Abraços da amiga Janete
 

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