História da Moqueca Capixaba


Olá meus queridos amigos.
Depois das lindas matérias sobre a Panela de barro e as Paneleiras de Goiabeiras, chegou a vez de conhecer algumas curiosidades sobre a famosa Moqueca Capixaba, e no final, mais uma receita para vocês.
 
MOQUECA CAPIXABA - O PRATO TÍPICO CAPIXABA! CONHEÇA A HISTÓRIA E SAIBA COMO PREPARAR!
A Moqueca Capixaba - Símbolo maior da Culinária Capixaba.
O nome "moqueca" designa um estilo de preparar o alimento que consiste no cozimento sem água, apenas com os vegetais e frutos do mar e, ao contrário da moqueca baiana, a capixaba não recebe azeite-de-dendê e nem leite de coco.

Se tem uma coisa que representa bem os capixabas, é a Moqueca Capixaba!
Quem é que não pensa em capixaba e já não lembra logo da famosa e tradicional moqueca?
Conheça mais sobre esse tesouro da culinária capixaba.
 
A história da Moqueca Capixaba.
A moqueca tem origem indígena e era preparada em panela de barro e urucum, com o passar dos anos, foi sofrendo algumas transformações: espanhóis e portugueses acrescentaram alho, cebola e coentro e os negros trouxeram o azeite de dendê.
 
Moqueca vem de uma expressão indígena - Moquém - que significa grelha de varas para assar o peixe em folhas de bananeiras, como faziam os indígenas.
No Espírito Santo, os índios preparavam a Moqueca com temperos nativos: Tomates Maduros, Tinta de urucum, limão, cebola, coentro e pimenta.
Hoje a moqueca capixaba é preparada também com azeite doce e na Panela de barro assim aderindo quatro características fundamentais: cor, sabor, perfume e consistência.
 
Curiosidades sobre a moqueca
Diz a lenda que três baianos viajavam para o Rio de Janeiro quando resolveram parar no meio do caminho para comer.
Pescaram peixes e cozinharam com os ingredientes que acharam. Não dava para fazer uma moqueca, pois não havia leite de coco e azeite-de-dendê.
Os nativos experimentaram a iguaria e ficaram encantados.
O cozinheiro disse: "Isso porque vocês ainda não comeram uma moqueca!"
 
Diferenças entre a moqueca baiana e a capixaba:
A versão capixaba da moqueca, além do peixe, só é permitido tomate, cebola, coentro, azeite de oliva e urucum (colorau).
Mais condimentada, a baiana vai além. Não há urucum, mas, sim, a presença de azeite-de-dendê e leite de coco.
"No Espírito Santo, usa-se mais o badejo ou dourado. Também preferem o urucum, que além de proporcionar cor ao prato, tem a função de tirar a acidez do tomate".
A moqueca capixaba é mais saudável, por ser mais leve. Já a baiana tem um sabor peculiar, um tempero mais carregado.
 
Dia da Moqueca Capixaba.
Foi criada uma Lei municipal 8.213/2012, que institui o Dia da Moqueca no município de Vitória em 30 de setembro. Com isso, a data passa a integrar o calendário oficial da cidade.
 
Moqueca - Paixão do Espírito Santo:
"Moqueca, só capixaba; O resto é peixada."
A frase acima, foi criada nos anos 70 pelo jornalista José Carlos Monjardim, após uma viagem do jornalista à Bahia que entre uma reunião e outra, saboreou pratos da culinária local. Ao provar a moqueca baiana, Cacau estranhou o sabor e alegou que o prato era muito pesado.

Receita da Moqueca Capixaba:
Rendimento: prato para 6 pessoas.
Ingredientes:
1,5kg de peixe fresco (robalo, badejo, papa-terra, ou namorado)
3 maços de coentro
3 maços de cebolinha verde
2 cebolas brancas (pequenas)
3 dentes de alho
4 tomates
3 limões
azeite de oliva
sementes de urucum
pimenta malagueta
óleo de soja ou algodão
Sal fino.

Modo de fazer
Limpe bem o peixe, corte-o em postas de 5 cm de largura, lave-o com limão e deixe-o em uma vasilha com água de sal fraca. Separe a cabeça para preparo do pirão.
Soque juntos o alho e o sal.
Em uma panela de barro (grande), coloque um pouco de óleo de soja ou de algodão (duas colheres) e azeite de oliva (uma colher) e adicione a massa obtida no socador, passando-a no fundo do recipiente.
Retire as postas de peixe da vasilha com água e sal. Vire as postas de um lado para outro na panela, arrumando de modo que não fiquem umas por cima das outras.
Corte o coentro, os tomates e as cebolas e os coloquem, nesta ordem, por cima das postas de peixe que estão na panela. Regue com azeite e suco de limão.
À parte, frite, em um pouco de óleo quente, uma colher (sopa) de sementes de urucum. Depois de fritas, retire-as. Na hora de levar ao fogo para cozinhar, despeje um pouco desse óleo por cima do peixe para dar cor. Quando começar a abrir a fervura, verifique o sal. Não ponha água, não vire as postas e cozinhe com a panela bem tampada.
Verifique o paladar do sal e do limão. Deixe no fogo forte por 20 a 25 minutos. Balance de vez em quando a panela com o auxílio de pano grosso para que as postas de peixe não agarrem no fundo. Quando for à mesa, salpique coentro picadinho.
Como complementos da moqueca capixaba são indispensáveis o arroz branco e o molho.

Pirão
Use os mesmos temperos da moqueca, reduzindo-os à metade.
Aproveite a cabeça do peixe ou uma das postas, previamente separada para esse fim. Proceda da mesma forma, desta vez adicionando três a quatro copos de água ao peixe.
Quando estiver cozido, escorra e o desfie. Junte o peixe ao caldo novamente, deixe ferver e, quando estiver no ponto máximo de fervura, vá jogando a farinha de mandioca lentamente para não embolar, mexendo aos poucos com um garfo. Pronto o pirão, corte o coentro e o espalhe por cima antes de servir.

Molho
Amasse seis pimentas malaguetas no suco de dois limões e três colheres de vinagre de boa categoria.
Corte uma cebola em fatias bem finas, fazendo o mesmo com o coentro e as cebolinhas. Misture tudo à medida que for regando com o azeite. Se o molho ficar muito picante, coloque um pouco de água.
Fontes de Pesquisa:
Site da Prefeitura de Vitória/Rotas Capixabas/Guia e Turismo.

Agora que já sabem da origem da Moqueca Capixaba, em breve voltarei com mais uma curiosidade para vocês, também sobre a Culinária do Espírito Santo.
Abraços da amiga Janete


Comentários