Encantamento - Sônia Pimentel

Olá, meus queridos amigos.
Para quem conhece D. Sônia Pimentel, sabe, com certeza, da sua sensibilidade e da sutileza com que usa as palavras contando as suas experiências por meio de poesias -  e é uma viagem no tempo - , como se fizéssemos parte dessas histórias. E para quem não a conhecia e teve a oportunidade de ler alguns de seus poemas, postados no nosso Cantinho da Literatura, tenho certeza que ficou com a mesma sensação: a de ter vivido em algum tempo ou em algum lugar, a mesma experiência contada por essa escritora amiga e respeitada por todos que a conhecem de fato.
Já falei um pouco dessa querida escritora, mas quero dizer que admiro muito o seu jeito carinhoso e simples de contar as suas experiências, e com tanto orgulho, que nos faz orgulhosos, quando sentimos, ao mesmo tempo, um calor humano, e um encantamento transparente e muito especial, e como ela mesma fala: "Tenho estado a brincar com um jogo de linguagem chamado filosofia", e isso já é suficiente para entender toda simplicidade somados com a arte, o prazer de escrever e a gratidão a Deus, pelos dons recebidos.
Encantamento, é uma dessas estórias, que acontecem-no cotidiano e nas coisas simples, que Sônia Pimentel faz questão de dar um significado importante, no seu "cantinho da memória" e faz parte do seu livro "Poemas Poesias", o primeiro das suas quatro obras, e que fui presenteada com um caloroso abraço, em 19 de novembro de 2004, quando ela frequentava o projeto Navegando na Internet na Melhor Idade, e que eu era uma de suas instrutoras, e nesse tempo, eu já a admirava.
Depois desse livro, D Sônia escreveu "O meu jeito de Sonhar" - poemas crepusculares - e atualmente lançou dois livros infantis - "Ai que susto, São João!" e "Criancice".

Encantamento
 
Em frente a minha janela,
sobe um prédio em construção
onde, em certa manhã de sábado,
entre ferros e argamassas,
um trabalhador cantava.
 
O Senhor ele louvava
e, pelo dia, dava graças;
e, para garantir seu sustento,
lá no alto pendurado,
nos andaimes equilibrava-se.
 
E o canto com sua mensagem,
talvez, o progresso perdoasse,
por se meter no caminho,
na paisagem interferindo
e a natureza agredindo.
 
E na poeira que subia,
e no suor que escorria,
e no canto que ecoava,
e no homem que cantava
havia tamanha beleza...
 
Que até Deus se emocionava!
 
Para Sônia Pimentel e a todos vocês, meus queridos amigos, a minha gratidão e um caloroso abraço da amiga Janete

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