Olá, meus queridos amigos.
Estão lembrados do Professor Pasquale? Já faz um tempinho, desde as últimas dicas de português.
Nas edições anteriores, tivemos alguns ensinamentos sobre concordância verbal e concordância nominal; espero que tenham sido úteis e que tenham entendido esse jeito simples, prático e inteligente que o professor Pasquale ensina com exemplos do dia a dia.
Hoje, voltei com dicas sobre "crase" e espero que esclareça algumas dúvidas que possam ter sobre essa matéria.
"Bem-vindo a..."
A origem do nome
Como sempre, o problema começa no começo, com perdão pela redundância. Não é sempre que se explica aos estudantes que crase não é o nome do acento, é o nome do fenômeno.
Quando se escreve "Seja bem-vindo à Bahia", por exemplo, ocorre crase da preposição "a", regida pela expressão "bem-vindo" ("bem-vindo a algum lugar"), com o artigo "a", exigido pelo substantivo feminino "Bahia" ("Moro na Bahia").
O "a" de "bem-vindo a algum lugar" e o artigo "a" que antecede o nome "Bahia" se fundem num único "a", que recebe o acento indicador de crase, ou seja, acento grave. O resultado de "a" + "a" é "à", que se lê como "a", e não como "aa".
As Placas públicas
Pode-se concluir, então, que depois da expressão "bem-vindo" sempre haverá acento indicador de crase? É claro que não! Substitua "Bahia" por "Santa Catarina", por exemplo. O que ocorre? Pense comigo: pode-se dizer que alguém gosta da Bahia, mas não se pode dizer que alguém gosta "da" Santa Catarina, certo? Não é difícil perceber que "Santa Catarina" não admite artigo. Moral da história: "Seja bem-vindo a Santa Catarina".
E como andam nossas placas públicas? Mal, muito mal. Numa das entradas de Osasco, cidade da Grande São Paulo, lê-se esta mensagem, escrita em bela placa: "Bem vindo à Osasco". Faltou dizer que a cidade oferece polpuda recompensa a quem encontrar o hífen, perdido sabe Deus onde. Escreve-se "bem-vindo, com hífen, já que se trata de palavra composta.
Além da falta do hífen, há (para variar) emprego inadequado do acento indicador de crase em "à Osasco". Alguém se habilita a morar "na" Osasco? Você conhece alguém que tenha nascido "na" Osasco ou que vá "da" Osasco para algum lugar do planeta?
Se as pessoas moram "em" Osasco e vão "de" Osasco para algum lugar, não há motivo para que se coloque o acento grave em "à Osasco". Alô, pessoal da prefeitura de Osasco, que tal mandar trocar a placa? Vamos lá:
"Bem-vindo a Osasco".
Como se vê, a coisa parece mais ou menos simples, mas muita gente se encarrega de torna-la complicada: a escola, que nem sempre cumpre sua parte a contento, os órgãos públicos, que não se esforçam para informar corretamente, etc.
Essa foi mais uma aula do professor Pasquale, do Português passo a passo, por dentro dos ensinamentos sobre crase.
Vocês perceberam o bom estado de humor e da simplicidade em ensinar citando exemplos do cotidiano?
Em breve, voltarei com mais dicas de Português para vocês.
Abraços da amiga Janete
As Placas públicas
Pode-se concluir, então, que depois da expressão "bem-vindo" sempre haverá acento indicador de crase? É claro que não! Substitua "Bahia" por "Santa Catarina", por exemplo. O que ocorre? Pense comigo: pode-se dizer que alguém gosta da Bahia, mas não se pode dizer que alguém gosta "da" Santa Catarina, certo? Não é difícil perceber que "Santa Catarina" não admite artigo. Moral da história: "Seja bem-vindo a Santa Catarina".
E como andam nossas placas públicas? Mal, muito mal. Numa das entradas de Osasco, cidade da Grande São Paulo, lê-se esta mensagem, escrita em bela placa: "Bem vindo à Osasco". Faltou dizer que a cidade oferece polpuda recompensa a quem encontrar o hífen, perdido sabe Deus onde. Escreve-se "bem-vindo, com hífen, já que se trata de palavra composta.
Além da falta do hífen, há (para variar) emprego inadequado do acento indicador de crase em "à Osasco". Alguém se habilita a morar "na" Osasco? Você conhece alguém que tenha nascido "na" Osasco ou que vá "da" Osasco para algum lugar do planeta?
Se as pessoas moram "em" Osasco e vão "de" Osasco para algum lugar, não há motivo para que se coloque o acento grave em "à Osasco". Alô, pessoal da prefeitura de Osasco, que tal mandar trocar a placa? Vamos lá:
"Bem-vindo a Osasco".
Como se vê, a coisa parece mais ou menos simples, mas muita gente se encarrega de torna-la complicada: a escola, que nem sempre cumpre sua parte a contento, os órgãos públicos, que não se esforçam para informar corretamente, etc.
Essa foi mais uma aula do professor Pasquale, do Português passo a passo, por dentro dos ensinamentos sobre crase.
Vocês perceberam o bom estado de humor e da simplicidade em ensinar citando exemplos do cotidiano?
Em breve, voltarei com mais dicas de Português para vocês.
Abraços da amiga Janete
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