Sonia Schmorantz

 Olá, meus queridos amigos.
Esse é um dia que fico na expectativa para oferecer a vocês um momento de pausa para sonhar um pouco com os nossos queridos escritores; uma pausa para relaxar, refletir, divagar, saborear esses minutos com doces lembranças, deixando as palavras sensíveis nos conduzir, quem sabe, para algum lugar do passado, ou talvez, para alguma coisa que estamos vivendo no presente...
Para encerrar o mês de março, um presente especial do "Cantinho da Literatura" para vocês.
Abraços da amiga Janete
 
 
Tarde mormacenta, nuvens escuras,
a terra docemente implora a chuva fina,
a tarde quer chorar seu silêncio.
Chuva para lavar as ruas vazias,
tirar a poeira dos olhos como o pranto
que vai molhando os sonhos da alma.
Os pingos dançam nas folhas, fazendo piruetas,
ondulando, salpicando brilhos de nostalgia,
balançam as folhas numa envergonhada alegria.
Trêmulas as folhas se agitam e voam,
ressoam os pingos como música nas calçadas,
sossega-me a alma o perfume da terra molhada.
Chuva que penetra mansamente o cio da terra,
espraiando-se em um compasso sincopado,
cantarolando sozinha um poema inesperado.

Sônia Schmorantz


Soltei palavras ao vento...
Palavras soltas como
Pássaros de asas abertas
Que não possuem destino,
Nem desatino, apenas pulsam em vôos livres...
Pois que voem livres as palavras,
Que ecoem em canções e gemidos.
Em pranto e prece, até que se calem
Todas as feridas, todas as iras...
Que a palavra finalmente expressa,
Seja livre, doce e calma
Definitivamente liberta, pois...
Hoje quero esta calma,
Azul e mar,
Sono e cama,
Silêncio e carinho...
Sonia Schmorantz
 

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