Carnaval - Homenagem a Clovis Bornay

Olá, meus queridos amigos.
Chegou o carnaval. Festa nacional mais badalada, alegre e cheia de expectativa, para os grandes foliões, carnavalescos e principalmente para as escolas de samba que une a alegria, a brincadeira em coisa séria, pois trabalham duro durante todo o ano, pesquisando sobre os enredos, com suas fantasias, alegorias e o samba, que darão vida nas passarelas, com  os seus componentes, fazendo emocionar com todo glamour.
De tudo que sabemos e conhecemos sobre o carnaval, hoje, especialmente, quero fazer uma homenagem a um grande e inesquecível carnavalesco, que encantou e emocionou todo o país, com os antigos bailes de carnaval no Theatro Municipal, suntuosos, luxuosos e criativos, além dos concursos e desfiles com suas incríveis fantasias.
Para quem o conheceu e assistiu a esses grandiosos desfiles pela televisão, tenho certeza que têm ótimas lembranças e para quem não teve o privilégio de conhecer esse incrível carnavalesco, o nosso blog da amizade está homenageando, nesse carnaval, o famoso Clovis Bornay, com um resumo da sua biografia e algumas das suas famosas fantasias.


 
Biografia
Era o mais novo dos doze filhos de mãe espanhola e pai suíço, um dono de uma loja de joias em Nova Friburgo.
Na sua juventude, durante a década de 1920, descobre no carnaval sua grande paixão. Começou sua carreira em 1937, quando conseguiu convencer o diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro a instituir bailes de carnaval de gala com concurso de fantasias, inspirado no modelo dos bailes de Veneza. Estreou neste ano com sua fantasia intitulada "Príncipe Hindu" e obteve o primeiro lugar.
Passou a desfilar também nas Escolas de Samba, sendo célebre a fantasia em homenagem a Estácio de Sá, no desfile de 1967, quando a cidade comemorava seu quarto centenário de fundação.
Tornou-se um dos mestres em fantasias de Carnaval - a todo ano trazia novos elementos em suas fantasias, e acabava ganhando quase todos os concursos que disputava. Evandro de Castro Lima e Mauro Rosas eram seus rivais de salão. De tanto ganhar, acabou sendo declarado hors concours (concorrente de honra, não sujeito à premiação).
Museologia
Trabalhou como museólogo no Museu Histórico Nacional, cuja iniciativa que se tem nota foi a da cessão do refrigerador de seu gabinete de trabalho para a criação de uma sala de exposição-depósito de peças com estabilidade de temperatura. Atuou também em outras entidades culturais.
À frente do Carnaval de escolas de Samba
Foi carnavalesco das escolas de samba Salgueiro, em 1966, Unidos de Lucas em 1967, 1968 e 1969, Portela em 1969 e 1970, Mocidade Independente de Padre Miguel em 1972 e 1973 e Unidos da Tijuca, em 1973. Com a Portela ganhou o campeonato de 1970 com o enredo "Lendas e mistérios da Amazônia" (que foi reprisado no desfile de 2004).
Introduziu inovações como a figura do destaque, que é uma pessoa luxuosamente fantasiada sendo conduzida do alto de um carro alegórico. Após isso, todas as demais escolas de samba copiam e tornam o quesito obrigatório. E ao longo de seus 77 anos de carnaval (69 em desfiles), sempre ele mesmo participava dos desfiles carnavalescos como destaque. Embora sua carreira esteja justa e fortemente ligada ao carnaval do Rio de Janeiro, por diversas vezes desfilou no carnaval de São Paulo como destaque da Escola de Samba Nenê de Vila Matilde.
Algumas de suas fantasias são expostas no Brasil e são acervo de outros museus no exterior. Pela significação de seu trabalho, foi laureado com o título de cidadão honorário de Louisiana em 1964.
Recebeu a "Medalha Tiradentes" da ALERJ em 1966 dada a personalidades que tenham relevância cultural para o estado.
Foi também cantor, gravando marchinhas carnavalescas nos anos 60 e 70.
Atuação no cinema
Em 1967, foi chamado para atuar no filme Terra em Transe, de Glauber Rocha, contracenando com Paulo Autran. Também participou do filme "Independência ou Morte", de 1972.
Falecimento
Às 15 horas do dia 9 de outubro de 2005, Clóvis deu entrada no Hospital Souza Aguiar desidratado e com infecção intestinal. Apesar de medicado, acabou falecendo de uma parada cardiorrespiratória.[1]
Curiosidades
O vestido da estátua de Nossa Senhora da Glória do Outeiro era sempre, a todo dia 5 de agosto, trocada por outro feito por Bornay.
Era museólogo de profissão e também se notabilizou como jurado para os apresentadores de televisão Chacrinha e Sílvio Santos.



   



 Desejo a todos um carnaval com muita alegria e paz.
Abraços da amiga Janete


 "A maioria dos brasileiros não gosta de carnaval, 
mas a minoria que gosta faz um barulho imenso."

 "Carnaval era meu, meu. No entanto, na realidade, eu dele pouco participava."

 "Neste Carnaval...Só quero sambar o enredo da bateria do seu Coração!!!"





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