José de Alencar


Olá meus queridos amigos. Hoje, no Cantinho da literatura, um presente para vocês.
Com muita honra e alegria, uma especial homenagem ao nosso querido e eterno escritor José de Alencar.
Abraços e até a próxima quinta feira, com mais um escritor brasileiro.

Vida e livros deste importante representante da literatura nacional, o romance indianista, o Romantismo, Iracema, O Guarani, e outras obras importantes do autor.
"Sua obra é da mais alta significação nas letras brasileiras, não só pela seriedade, ciência e consciência técnica e artesanal com que a escreveu, mas também pelas sugestões e soluções que ofereceu, facilitando a tarefa da nacionalização da literatura no Brasil e da consolidação do romance brasileiro, do qual foi o verdadeiro criador. Sendo a primeira figura das nossas letras, foi chamado "o patriarca da literatura brasileira". Sua imensa obra causa admiração não só pela qualidade, como pelo volume, se considerarmos o pouco tempo que José de Alencar pode dedicar-lhe numa vida curta. Faleceu no Rio de Janeiro, de tuberculose, aos 48 anos de idade."
(Trecho da biografia cedida com a gentileza da Academia Brasileira de Letras - www.academia.org.br)
Resumo Biografia, estilo e obras:
O escritor brasileiro José de Alencar nasceu no Ceará, região nordeste do Brasil, no ano de 1829. Antes de iniciar sua vida literária, atuou como advogado, jornalista, deputado e ministro da justiça. Aos 26 anos publicou sua primeira obra: "Cinco Minutos".
Podemos considerar Alencar como o percursor romantismo no Brasil dentro das quatro características: indianista, psicológico, regional e histórico.
Este autor brasileiro utilizou como tema o índio e o sertão do Brasil e, ao contrário de outros romancistas de sua época que escreviam como se vivessem em Portugal, Alencar valorizava a língua falada no Brasil.
Escritor de obras com estilos variados, este escritor cearense criou romances que abordam o cotidiano. Deste estilo literário, também conhecido como romance de costumes, destacam-se os livros: Diva, Lucíola e a Viuvinha. Foram também de sua autoria os romances regionalistas: O Sertanejo, O Tronco do Ipê, O Gaúcho e Til. Dos romances históricos fazem parte: As Minas de Prata e A Guerra dos Mascates.
No romance indianista de José de Alencar, o índio é visto em três etapas diferentes: antes de ter contato com o branco, em Ubirajara; um branco convivendo no meio indígena, em Iracema e o índio no cotidiano do homem branco, em O Guarani.
É dentro do estilo indianista do escritor José de Alencar que está a sua obra mais importante: Iracema. Outra obra também considerada de grande valor literário é O Guarani, pois aborda os aspectos da formação nacional brasileira.
Apesar de ser mais conhecido por suas obras literárias, o escritor brasileiro José de Alencar fez também algumas peças de teatro: Nas Asas de um Anjo, Mãe, O Demônio Familiar.
Faleceu aos 48 anos de idade, em 1877, deixando inúmeras obras que fazem sucesso até os dias atuais.
Frases de José de Alencar:
"O amor sem esperança não tem outro refúgio senão a morte."
"A ocasião faz o homem."
"Tentei lhe dizer muitas coisas, mas acabei descobrindo que amar é muito mais sentir do que dizer. E milhões de frase bonitas, jamais alcançariam o que eu sinto por você."
"O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis."
"Só a ignorância aceita e a indiferença tolera o reinado da mediocridade."
"A vida é luta renhida, que aos fracos abate, e aos fortes, só faz exaltar."
Amar é comprazer-se na perfeição.
É na idade da ambição que se prova a têmpora dos homens.
Tenho fé no amor com ele vencerei o impossível.
Todo discurso deve ser como o vestido da mulheres; não tão curto, que nos escandalizem, nem tão comprido, que nos entristecam.
"O elogio é um meio muito usado, mas sempre novo, de render homenagem à vaidade alheia.
Sim! Esqueça tudo, e nem se lembre que já me visse! Seja agora a primeira vez!... Os beijos que lhe guardei ninguém os teve nunca! Esses, acredite, são puros!"
(Trecho do Livro "Lucíola")
"Eu te amei desde o momento em que te vi! Eu te amei por séculos nestes poucos dias que passamos juntos na terra. Agora que a minha vida se conta por instantes, amo-te em cada momento por uma existência inteira. Amo-te ao mesmo tempo com todas as afeições que se pode ter neste mundo. Vou te amar enfim por toda a eternidade."
"Tinha-a eu amado para ter o direito de odiá-la".
"O amor, porém, é contagioso, com especialidade na solidão, onde a alma tem necessidade de uma companheira, e quando de todo não a encontra, divide-se ela própria para ser duas: uma, esperança; outra, saudade".
José de Alencar
"Iracema" - Trechos do livro de José de Alencar
Trecho 1
"-Neste momento, Tupã não é contigo! replicou o chefe. O Pajé riu; e seu riso sinistro reboou pelo espaço como o regougo da ariranha. - Ouve seu trovão e treme em teu seio, guerreiro, como a terra em sua profundeza. Araquém proferindo essa palavra terrível, avançou até o meio da cabana; ali ergueu a grande pedra e calcou o pé com força no chão; súbito, abriu-se a terra. Do antro profundo saiu um medonho gemido, que parecia arrancado das entranhas do rochedo.
Irapuã não tremeu, nem enfiou de susto; mas sentiu estremecer a luz nos olhos, e a voz nos lábios. - O senhor do trovão é por ti; o senhor da guerra será por Irapuã: disse o chefe. O torvo guerreiro deixou a cabana (...)".
Trecho 2
"Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se. Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo. Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido. De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada; mas logo sorriu."
Alguns livros importantes de José de Alencar:






"O sândalo é o perfume das mulheres de Estambul,
e das huris do profeta; como as borboletas,
que se alimentam do mel, a mulher do Oriente
vive com as gotas dessa essência divina."
 "É que o perfume denuncia o espírito

Que sob as formas feminis palpita...
Pois como a salamandra em chamas vive,
Entre perfumes a mulher habita."

 José de Alencar













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